O clã de Kiev quer mais armas, mísseis, tanques… para derrotar a Rússia. Derrotar a Rússia? Quantos tanques precisa? O embaixador de Kiev no Reino Unido, Vadym Prystaiko, falou em "centenas" de tanques, mas quando foi à Sky News aumentou para "milhares".
Face aos insistentes apelos vindos de Kiev para que lhes sejam fornecidos mais veículos blindados, tanques ocidentais, lançadores de mísseis, etc. A pergunta óbvia que ninguém faz nas TV, é simples: Então o que fizeram a tudo o que lhes tem sido fornecido? Bem, os outros veículos, tanques, aviação, equipamentos "revolucionários" já foram destruídos, avariados ou “exportados”... Perante o frenesim ucraniano, o porta-voz russo, Dmitry Peskov, disse simplesmente: "Esses tanques arderão como o resto. Os objetivos da operação especial serão alcançados."
Na NATO para além do palavrório de “apoio total à Ucrânia”, isto é à guerra que a NATO provocou e não teve (ainda) coragem de declarar, os países estão muito reticentes. Na melhor das hipóteses, pode receber cerca de 200 (provavelmente não mais que 100) tanques obsoletos variados e veículos blindados de vários países ocidentais, e provavelmente apenas dentro de alguns meses. Juntamente com 90 tanques T-72 soviéticos reformados, dos checos, as novas entregas serão suficientes apenas para equipar uma brigada blindada com seus batalhões de infantaria mecanizados anexados.
O RU propõe-se fornecer à Ucrânia 14 Challenger 2, afinal, eles custam atualmente 8 milhões de libras cada e há apenas 227 no muito subfinanciado Exército Britânico – ou seja, 112 milhões de libras ficam em risco de desaparecerem sob mísseis russos… A insistência no blindado alemão Leopard 2 é que se trata de um tanque pesado que tem sido considerado superior ao M1 Abrams dos EUA (grande consumo de combustível, complexa manutenção e muito pesado) e o do RU (a ser substituído pela versão 3).
Os Bradley (EUA) e Marder (alemães) são tanques ligeiros ou médios, muito mais vulneráveis. Ambos são cerca de um terço mais altos e metade mais pesados novamente do que a série equivalente russa BMP de veículos. Em termos de armadura, o Bradley só é totalmente protegido contra metralhadoras pesadas russas de 14,5 mm e o Marder contra canhões automáticos de 20 mm e 25 mm. Os BMP russos e os mais novos BTRs de rodas carregam um canhão de 30 mm, mas mais importante, mísseis guiados antitanque (ATGMs), ambos bastante capazes de destruir qualquer outro veículo blindado de infantaria em serviço.
Note-se no entanto que nenhum tanque é indestrutível, o Daesh dizimou cerca de 10 Leopard 2 do exército turco quando Ancara enviou tropas para o norte da Síria há quatro anos e destruiu ou capturou cerca de 100 M1 Abrams do exército iraquiano durante sua súbita apreensão do norte do Iraque em 2014.
Porém, certamente que não seriam as mais avançadas versões daqueles blindados.Este envio de armamento para a Ucrânia está como tendo sido dito por analistas favoráveis à Rússia ou simplesmente melhor informados e lógicos, a desmilitarizar a NATO. Assim, mesmo com a "taxa de aumento" da produção acelerada, levará cinco anos para os EUA reabastecerem seus estoques de projéteis de artilharia de 155 mm depois de enviar mais de 1 milhão para o regime de Maidan. A substituição dos 38 lançadores HIMARS enviados levará de dois anos e meio a três anos, enquanto para os mísseis antitanque Javelin e os SAM Stinger, o prazo pode ser de oito e 18 anos, respetivamente.
Pondo um pouco de calma na propaganda de gente que pouca ideia terá do que diz, notemos que enviar tanques para a Ucrânia não é tão simples quanto isso. É preciso trinar tripulações para operar a complexidade destas armas mais modernas (mesmo que parte delas sejam “mercenários” NATO), fornecer munições suficientes, mecânicos e peças de reserva para repará-los. Depois há o transporte até à Polónia e seguirem para a frente, a mais de 1000 quilómetros de distância durante a qual sem cobertura aérea são alvos fáceis.
Tudo isto leva tempo, custa dinheiro e tem grandes riscos como se vê. Além disto, é necessária capacidade industrial para para permitir operacionalidade estratégica durante o tempo necessário… para tomar a Crimeia – objetivo de Kiev que a NATO não contraria. Porém vejamos, uma ação ofensiva estratégica - trata se de levar um exército à derrota – com tanques é das ações militares mais complexas. Envolve preparação do terreno pela engenharia e unidades anti minas, apoio aéreo, artilharia fixa e móvel de longa distância, infantaria blindada com todos os tipos de armas, diversos tipos de tanques pesados e ligeiros, cada formação com posicionamento e tarefas bem definidas e uma complexa coordenação geral de tudo isto. A Rússia sofreu perdas relativamente significativas no início em blindados pelos javelin, por ter negligenciado alguns destes aspetos
Ao desencadearem-se os confrontos é decisiva a capacidade de decisão e disciplina de cada uma das unidades, o que só é obtido com intenso treino e competência ao nível dos escalões hierárquicos inferiores. Mas não é tudo, há necessidade de total capacidade e eficácia nos abastecimentos, serviços médicos, técnicos de manutenção e reparações mesmo sob fogo, etc.
Perante tudo isto: uma pergunta mais: afinal o que pretende a NATO? E como?
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