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6 de setembro de 2024

Manipulação, censura e inconsciência

 Não sei que substâncias alucinogénias andam a dar a Zelensky, para ele vir exigir ao governo remodelado "resultados visíveis". Que mais quer ele ver no país que iludido o elegeu? Mais cemitérios, destruição das infraestruturas energéticas, ferroviárias e industriais, mais miséria? A propaganda aplaude e um sr. general NATO, vem dizer que quando a Ucrânia começar a produzir o seu próprio material de guerra as coisas "vão ser diferentes". Isto quando a presidente do Comité de Questões Orçamentais da Verkhovna Rada disse que o Ministério da Defesa ucraniano ficou sem dinheiro para pagamentos de combate às Forças Armadas ucranianas em setembro. (Intel Slava Z – Telegram 06/09Stoltenberg então diz que a Ucrânia regista "uma vitória que não julgaríamos possível há dois anos". Mas está a falar de quê? 

Pelos vistos anda tudo maluco. Que pode levar a tresloucada - assim parece - von der Leyen, a dizer que "a paz nunca pode significar rendição" estupidamente (que outro nome?) ignorando a própria história do seu país no século XX. O que é que ela pretende para Ucrânia?

Frases tão inconsistentes e inconsequentes como estas são ditas por dois cuja nulidade dispensa comentários: Borrell e Stoltenberg estão felizes por países da NATO não porem objeções aos seus equipamentos atacarem o interior da Rússia, para eles as retaliações russas não importam.

A cautela com o poder russo e sua capacidade de escalar desapareceu. Pelos vistos também Kiev abandonou receios de retaliação russa quanto à NATO, a UE e a Grã-Bretanha nunca levaram em conta os riscos e sacrifícios que o conflito trouxe e está causando aos ucranianos. O "custe o que custar" sempre se referiu à indiferença às perdas ucranianas e ao acumular de lucros de guerra pelo Ocidente. O cinismo ocidental que presidiu à Operação Kursk permite vislumbrar o objetivo estratégico de apressar o fim do conflito sacrificando as últimas forças ucranianas, negociando a troca de territórios e incorporando o que restaria da Ucrânia na NATO e na UE. Isso abriria a nova Guerra Fria com novas implantações de mísseis na Europa, grandes negócios da nova corrida armamentista, a reconstrução de territórios devastados pela guerra e as "vantagens" da nova Cortina de Ferro: desta vez no Dnieper.

A operação em Kursk alimentando sonhos do início da morte da Rússia, evoluiu na direção oposta, justamente por causa do cinismo da liderança ocidental. O objetivo provável da operação almejado pelo clã de Kiev e belicistas do RU seria envolver a NATO numa guerra direta contra a Rússia.

Entretanto, para justificar o prosseguimento da guerra, que a Rússia não ia aguentar mais de seis meses em 2022, vemos nos media com toda a assertividade a integridade territorial da Ucrânia ser defendida pelos mesmos que participaram ou aplaudiram o desmembramento da Jugoslávia, a ocupação que se mantém na Síria grupos financiados por países da NATO ou no Iraque pelos EUA (roubando petróleo), a usurpação dos montes Golã da Síria por Israel, ou a tentativa de desmembrar a Rússia a partir da Chechénia, ou a China com Taiwan, Hong Kong, Uigures, Tibete,

A propósito da visita de Putin à Mongólia os media andaram muito excitados primeiro porque a Mongólia tinha obrigação de o prender devido ao mandato do TPI de Haia, depois por que não foi preso recomendando-se sanções (!) contra a Mongólia. É mais um caso de gritante manipulação, confundindo o TPI de Haia com o TPI da ONU.

O TPI de Haia é uma organização independente, na realidade controlada pelo ocidente, embora tenham aderido 123 países entre os quais a Mongólia. O que os media escamoteiam é a condenação pelo TPI da ONU de Netanyahu e Gallant como suspeitos de crimes de guerra, incluindo deixar civis à fome, assassinatos, ataques intencionais contra a população e ainda extermínio.

O TPI da ONU emitiu um pedido de mandado de prisão para o Netanyahu e o ministro da Defesa Gallant e três líderes do Hamas. O procurador-geral Karim Khan explicou na BBC: “Se alguém tivesse solicitado mandados contra autoridades israelitas e não contra [os líderes em] Gaza, diriam: "bem, você não pode ter uma abordagem para países onde há apoio da NATO e de países poderosos e uma abordagem diferente onde não há esse apoio"

Alguns países opuseram-se à emissão de mandados de prisão contra o primeiro-ministro e o ministro da Defesa de Israel. Biden, considerou mesmo “ultrajante” a proposta do procurador-geral do TPI. Contestando as vozes críticas ele afirma ter assistido a factos em que se baseiam os mandados: “Tenho uma vantagem, pelo menos, espero que percebam que eu vi as provas. Eles não”. Os governantes israelitas rejeitaram as acusações...

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