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17 de fevereiro de 2024

Gaza e o silêncio

E o governo português ? E todos os partidos da direita ?

 Tantas lágrimas como raiva nos invadiram no último sábado ao vermos as imagens de Hind Rajab, de 6 anos, trancada num carro no sul de Gaza sob o fogo contínuo das balas israelenses que a mataram. Com todas as suas forças ela gritou: “Estou com tanto medo, venha me pegar”. Os dois assistentes da Cruz Vermelha que se aproximaram para salvá-la também foram assassinados. Isto é o que os protofascistas israelitas chamam de “travar guerra contra o Hamas”. Há mais de 10.000 como Hind Rajab que perderam a vida em Gaza. 10.000 crianças inocentes. 10 mil crianças que só pediram para viver para estudar, para amar, para construir o futuro da sua pátria. O exército israelelita   matou os. Ao mesmo tempo que fogo e ferro são derramados sobre as cabeças dos nossos irmãos e irmãs em Gaza, o poder colonial israelita está a matá-los de fome, chegando ao ponto de bloquear a pouca ajuda humanitária que provavelmente lhes chegará. Este é um crime em massa! Curioso que isso não comova mais todos os nossos bons defensores dos direitos humanos que vivem no conforto dos estúdios de televisão. Quando terminará este silêncio abominável sobre estes crimes? É claro que, finalmente, depois de 30.000 mortes em Gaza, ouvimos pequenos sons de desaprovação vindos de Paris ou de Washington, mas nenhuma acção concreta. Deixemos a Casa Branca parar de fornecer armas assassinas e deixemos Bruxelas arquivar o acordo de associação e cooperação com a ultra-direita israelita e a situação começará a mudar. Devemos parar esta carnificina abominável. Nosso país (França) ficaria honrado em se aliar à África do Sul ou às iniciativas do Espanha e Irlanda para que a justiça internacional possa fazer o seu trabalho. Patrick yarik

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