A Cimeira da NATO foi precedida por um ataque russo a um hospital pediátrico na Ucrânia. A Rússia desmentiu dizendo tratar-se de um míssil (ou pedaço) ucraniano mal disparado. O caso é suspeito mas não nos deve espantar. Em março de 2022, decorriam negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, apareceu a falsa notícia do "massacre de Bucha". Estava criado o ambiente para a opinião pública esquecer as negociações, porque não se negoceia com criminosos. As negociações de paz desapareceram das notícias, as sondagens davam nos países da NATO e UE 60 a 70% a favor da guerra. O "massacre de Bucha" foi uma má encenação que os próprios moradores desmentiram.
Pela mesma altura houve em 9 de março de 2022, o "ataque à maternidade em Mariupol", que nunca aconteceu de facto. A então grávida residente local Marianna Vyshemirskaya, lembrou que não tinha havido qualquer ataque. O acontecimento foi porém objeto de um documentário, "20 Dias em Mariupol", que ganhou um Oscar de melhor documentário. Os autores da farsa, Evgeniy Maloletka e Mstyslav Chernov, da AP, são propagandistas ucranianos bem conhecidos que trabalharam para os media ocidentais durante anos.
Também o hamas teria morto bebés em 7 de outubro. Um comentador PS chorava na TV horrorizado com os crimes dos "animais humanos" palestinos. O caso foi mais uma falsa notícia para a opinião pública aceitar os crimes de Israel. Claro que nem uma lágrima verteu pelas mais de 15 000 crianças mortas em Gaza ou pela subnutrição a que são submetidos os palestinos à semelhança dos guetos e campos de concentração nazis. Nem um desmentido houve. A vida é assim e se querem ser "atlantistas" conformem-se com o que os EUA e aliados fazem com a sua dupla moral.
Este processo de anunciar a morte de crianças é recorrente. Antes da invasão do Iraque a opinião pública foi preparada com o assassinato de bebés em incubadoras (chegou-se ao absurdo de falar em 300 bebés...) aquando da invasão do Kuwait. Saddam Hussein foi a horrorosa personagem de ambição e crimes que os EUA apoiaram para derrubar o general Kassem que seguia políticas de aproximação à União Soviética e internamente de características socialistas. Hussein serviu para atacar o Irão numa guerra que se saldou em centenas de milhares de mortes. Com o país de rastos Hussein achou-se no direito de deitar mão ao petróleo do Kowait. Mas os EUA tinham outra ideia: o petróleo estaria melhor nas mãos das empresas americanas.
O mesmo processo de falsas notícias foi usado contra a Sérvia, descobrindo "valas comuns" antes dos bombardeamentos e bombardeamentos em cidades históricas que os turistas verificaram depois estar intactas.
O ataque a civis na Rússia ou em Gaza, não merece condenação. Até o ato terrorista no Daguestão russo é saudado nos media como ataque legítimo. Ucrânia atacou Sebastopol usando ATACMS fornecidos pelos EUA e armados com munições cluster: 151 pessoas sofreram lesões de gravidade variável e 82 foram hospitalizadas, incluindo 27 crianças, seis das quais em estado grave. Quatro pessoas morreram, incluindo duas crianças. (Geopolítica ao vivo – Telegram 24/06)
Após o ataque a Sebastopol, o Alto Comissariado das ONU para os Direitos Humanos, disse que o uso de munições cluster em áreas civis é incompatível com o direito internacional. Claro que isto não se aplica aos países que seguem a "ordem internacional baseada em regras". Por exemplo, Israel.
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