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3 de julho de 2024

A UE/NATO querem derrotar a Rússia!

 Diariamente pelos canais de notícias comentadores/propagandistas veem dizer-nos que que é preciso derrotar a Rússia. O que é estranho é que nos seus comentários a Rússia já tinha sido várias vezes. Mas agora é que vai ser...

Os propagandistas da UE/NATO passaram do triunfalismo parvo para o pânico estúpido. Senão vejamos. Dizia um deles: "Uma vitória da Rússia vai alterar a ordem internacional e as guerras vão proliferar". (?) Dizia outro (um general NATO): "A Rússia começa a dar indicações  que quer viver numa ordem internacional sem regras". Outros alimentam a (des)informação com imaginárias vitórias ucranianas (com armas e mercenários pagos pela NATO). Faz lembrar a propaganda da Alemanha nazi, por exemplo com as "armas secretas" que iam mudar o resultado, quando a derrota se tornava evidente. Agora são as armas maravilha da NATO que continuam a ser destruídas e se mostram ineficazes, veremos o que acontece aos F-16.

É de facto incrível que as afirmações dos propagandistas não tenham base de sustentação factual e lógica. Por exemplo, falam repetidamente na ameaça russa, mas que resposta veio do lado da UE/NATO às propostas de negociações e tratados de segurança mútua?

O pensamento oco dos propagandistas tornou-se tão rasca que nem sequer compreendem as contradições dos seus raciocínios. Na CNN um sr. general manifestava-se contra a iniciativa de Orban junto de Zelensky para propor um cessar fogo e iniciar negociações. Isto,  seria basicamente uma proposta chinesa porque a China não está interessada em conflitos de natureza militar, quer passar rapidamente para a mesa das negociações. (!) Orban prestou um péssimo serviço à UE (!?) vestiu os fatos da ambiguidade como enviado de Putin e Xi, em vez de trazer soluções de apoio muito claro à Ucrânia.

Ou seja, querer o cessar fogo e negociações para terminar a guerra é contra a política da UE e a favor das políticas da Rússia e da China! O sr. general também criticava Orban por apresentar propostas que iam contra o empenhamento na UE no apoio à Ucrânia. Curioso, ou ridículo, como se a van der Leyen e o Stoltenberg quando ameaçam a China isso corresponde a uma política definida na UE/NATO. Será que os povos foram concretamente consultados sobre o "empenhamento" em guerras e suas consequências?

Todo este teatro das ameaças russas, chinesas, iranianas norte-coreanas, etc., resume-a defender a ordem unipolar e suas regras de dupla moral geridas de Washington e a esconderem com a demagogia de frases feitas, o mundo multipolar que a China e a Rússia defendem congregando já a maioria dos povos em população e mesmo em PIB global. Essas regras e objetivos podem em resumo ser vistas aqui.

O PC da China libertou o país da subjugação estrangeira, transformou-o de uma semi-colónia pobre e atrasada, para a maior economia em termos de Paridade de Poder de Compra (PPC), eliminou a pobreza extrema, elevou a China à categoria de superpotência tecnológica. O PCC goza da confiança de mais de 95% da população. Os EUA, têm dois partidos que não conseguem receber nem metade da confiança da população. Na UE/NATO a situação não é muito diferente. O mundo observa e escolhe a China e a Rússia, para avançar no mundo multipolar.

Vencer a guerra é o objetivo estabelecido na UE/NATO. A desorientação pelo fracasso dos seus objetivos, leva-os a transmitir uma realidade virtual, manipulada. Que consistência têm os objetivos de vencer a Rússia, pressurosa e disciplinadamente adotados pelos partidos do sistema, já aqui descritos em "Afinal eles querem a guerra..."

A questão é vencer a Rússia (já agora também a China): Porquê? Como? Quem? Quando? E quanto custa? Seria sobre estas questões que os media se deveriam debruçar.

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