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13 de outubro de 2023

As mortes e as lágrimas

Comecemos pelos bebés “decapitados pelo Hamas”, posto a circular e desde logo desmentido a partir da agência estatal turca citando fontes israelitas “o Exército israelense não tem informações que confirmem as alegações de que “Hamas decapitou bebés". O mesmo terá sido dito a Blinken ao visitar agora Israel. Os media entretanto calaram-se sobre o tema, mas não fizeram qualquer desmentido ou mencionaram a não confirmação – talvez uma vez em alguns segundos perdidos no resto.

A estratégia de diabolizar inimigos vem longe, os alemães na primeira guerra decepavam mãos a bebés na Bélgica, os iraquianos ao invadirem o Kuwait destruíram incubadoras matando mais de 300 bebés (número absurdo) os média repetiam, as mortes de mulheres e crianças iraquianas estavam justificadas. D. Madeleine Albraight achou que aqueles 500 000 valeram a pena. Para quê, os media não se atreveram a perguntar. Nem agora, nem sobre o que ocorreu em outros lugares.

Assim, vimos nos media idiotas (imbecis) verterem lágrimas por esses bebés e pelos outros israelitas. O porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, caiu em lágrimas na televisão ao vivo quando questionado sobre o ataque surpresa do Hamas a Israel. Será que a alguém no ocidente foi permitido chorar nos media pelas vítimas dos bombardeamentos dos EUA/NATO pelo mundo fora?

Nenhum destes verteu uma lágrima pelos palestinianos mortos ao longo do tempo por Israel. São, para o ocidente, sub-humanos. A moral aplicada é a da mentalidade esclavagista, mas pior, os palestinianos são como os hilotas de Esparta, que periodicamente eram sujeitos a perseguições e matanças – como forma de endurecer os jovens e manter esse povo submisso.

O senador norte-americano Rubio (Republicano - Florida), na CNN, apelou ao genocídio dos palestinianos em Gaza. Declarou que são "selvagens" e "devem ser erradicados". O entrevistador, não reagiu a estes comentários. A elite norte-americana está cada vez mais desligada da realidade e de qualquer sentido da palavra "moralidade." Biden chamou os ataques do Hamas a Israel de "ato de terrorismo": o lado israelita "tem todo o direito" de responder a eles. Telegram: Contact @intelslava

O ataque palestino é como uma revolta de escravos, a eles não se aplica nem a Convenção de Genebra, muito menos qualquer princípio moral. As provocações de Israel em Jerusalém, mais uma vez contra deliberações da ONU, foram vistas com indiferença, sem crítica, quando muito temia-se a reação dos palestinos, que seria sempre criticada, pois não lhes é dado direito de resistência – tal como os escravos. Mas nem sequer pelos mortos de pessoal da ONU pelos bombardeamentos de Israel sobre Gaza se indignam.

O papel dos media é… o habitual. Théophraste R., editor do legrandsoir.info, exemplifica como se processa a censura: "Terroristas palestinos lançaram um ataque terrorista contra Israel. Os terroristas fizeram reféns pessoas inocentes: mulheres, bebés, crianças, idosos, deficientes, cancerígenos, surdos, cegos e Parkinson. Em resposta ao ataque terrorista, Israel (que tem todo o direito de se defender contra o terrorismo) realizou um ataque contra terroristas palestiniano como habitualmente, destruindo edifícios terroristas em Gaza onde viviam pessoas inocentes: mulheres, bebés, crianças, idosos, deficientes, cancerígenos, surdos, cegos, e Parkinson.

Quanto a mortes, eis os números que vão aparecendo. O número de soldados israelitas mortos durante o conflito em curso chegou a 200. Do lado israelita o número de mortos ascendia ontem a: 1200 mortos, 3000 feridos. Do lado palestiniano, com a intensificação dos bombardeamento 1537 mortos, 6 612 feridos.


1 comentário:

mensagensnanett disse...

O império das mentiras e das pilhagens (vulgo ocidente mainstream) continua ao seu 'nível' no século XXI:
- USO DE EXTREMISTAS PARA OPERAÇÕES DE FALSE-FLAG:
-> 11 DE Setembro;
-> mais do mesmo: 7 de Outubro: especialistas militares que estudaram o caso são peremptórios: «as movimentações do Hamas foram detectadas com antecedência».
Mais:
- uso de extremistas... para, no caos, roubar petróleo à Síria e à Líbia;
- uso de extremistas ucranianos para que estes perseguissem, bombardeassem, massacrassem russófonos das regiões  do leste da Ucrânia
... e...
argumentar que a Operação Militar Especial dos russos não foi provocada...