Do blog de Alfredo Barroso - Será que Netanyahu prepara uma «solução final» na faixa de Gaza, causando um «holocausto» de palestinianos?
O corrupto primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está «em guerra» contra o Hamas. O alvo dos ataques Israelitas é, mais uma vez, a Faixa de Gaza, onde as condições de sobrevivência estão a ficar cada vez piores para os dois milhões de Palestinianos que vivem no pequeno enclave cercado por Israel, que já cortou a luz e a água de toda a região.
Muitos milhares de pessoas passaram a noite a dormir em escolas, enquanto a força aérea israelita bombardeava intensamente zonas residenciais, que considera serem ocupadas pelo Hamas.
O Governo Israelita, de extrema-direita, também já anunciou que irá distribuir mil armas automáticas M16 por colonos que ocupam ilegalmente as regiões da Judeia e da Samária, na Cisjordânia. Explica o ‘The Guardian’ que tais armas só serão distribuídas por pessoas que cumpram requisitos militares mínimos para ter as armas. Convirá recordar que muitos colonos, nos colonatos considerados ilegais pela ONU (o objetivo de Israel é continuar a roubar o que resta de território palestiniano), já vivem e circulam empunhando armas de alto calibre. Várias organizações não governamentais acusam, aliás, esses colonos de assediarem e atacarem palestinianos nas zonas mais isoladas, onde estes colonatos são cada vez mais frequentes e instalados junto de populações palestinianas.
O Hamas avisou que, se Israel não parar de bombardear e de matar civis na Faixa de Gaza, irá começar a executar prisioneiros que deteve na sequência do ataque que iniciou durante a madrugada de sábado. Citado pela Al Jazeera, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas de Qassam (braço armado do Hamas), disse que «atacar qualquer civil inocente sem aviso será correspondido, infelizmente, com a execução de um dos prisioneiros sob a nossa custódia, e seremos forçados a divulgar essa execução». «Lamentamos esta decisão mas responsabilizamos por ela o inimigo sionista e o seu líder».
«Preocupado» com cerco a Gaza, Guterres pede fim da ocupação israelita
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, mostrou-se preocupado com os bombardeamentos e com o cerco de Israel à Faixa de Gaza, pedindo respeito pelas leis humanitárias, perante a desumanidade que constitui o corte de toda a água e eletricidade para o enclave palestiniano.
«Estou profundamente preocupado com o anúncio de Israel, de que está a iniciar um cerco completo à Faixa de Gaza, e de que nada será permitido, nem luz, nem água, nem combustível», declarou Guterres numa conferência de imprensa, alertando que, se a situação «já era de alto risco antes destes ataques, agora só vai mesmo deteriorar-se exponencialmente».
Guterres também fez questão de vincar que a violência levada a cabo pelo Hamas deve ser vista num contexto mais alargado, considerando que os ataques não surgiram do nada. «A realidade é que isto emerge de um conflito muito mais longo, com uma ocupação de 56 anos, sem fim político à vista. Está na altura de acabar com este ciclo vicioso de ódio e polarização».
Todavia, Israel está a intensificar os ataques contra o Hamas e a Faixa de Gaza já se encontra totalmente cercada. Segundo a imprensa israelita, citada pela Al Jazeera, as forças de Israel estarão a preparar uma das maiores ofensivas de ataques aéreos alguma vez levadas a cabo sobre o pequeno enclave palestiniano. Israel também anuncia que já atingiu cerca de 1 000 alvos na Faixa de Gaza e o Exército (o Tsahal) avisou que irá continuar os ataques, mesmo se prisioneiros israelitas forem mortos na sequência dos bombardeamentos.
Socialista da treta condena “atrocidades” do Hamas e Mariana Mortágua compara a Palestina à Ucrânia
Só faltava mais um socialista da treta, português, pôr a cabecinha de fora e botar figura (de parvo). De facto, o presidente do Comité Europeu das Regiões, o açoriano Vasco Cordeiro, (ex-presidente do Governo Regional dos Açores, em “reciclagem" no PE) condenou no PE, os ataques a Israel executados pelo Hamas, considerando-os, inclusive, uma «atrocidade».
Também a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, resolveu dar à língua proferindo um enorme disparate, ao defender que a Palestina, tal como a Ucrânia ou como Timor, «tem direito à defesa da sua autodeterminação», por ser «um direito que não se negoceia».
«Nós entendemos - disse Mortágua - que a Palestina tem o direito à defesa da sua autodeterminação, da mesma forma que a Ucrânia tem o direito à defesa da sua autodeterminação quando a Rússia invade o seu espaço, e tal como que Timor teve direito à sua autodeterminação, quando a Indonésia invadiu o seu espaço e assassinou civis».
É manifesto que a História não é o forte de Mariana Mortágua. Defeito comum nos políticos de agora. Comparar a Palestina com a Ucrânia é um perfeito disparate. E esqueceu-se, na lógica da sua pouco feliz argumentação, de que a população (maioritária) de língua Russa no Donbass também terá o direito a defender a sua autodeterminação. O que, obviamente, fragiliza bastante o incrível apoio do BE à guerra (por procuração) do império americano na Ucrânia…
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