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14 de outubro de 2023

Jornalistas vitimas do humanismo do Bibi

 1) Há um jornalista morto e três outros feridos num ataque israelita no Líbano junto à fronteira. Issam Abdullah, repórter de imagem da Reuters, é a vítima mortal. Numa semana, Israel já matou quase uma dezena de jornalistas. Faicebook de bruno de Carvalho .

2) OMES CRAVINHO, UMA DAS DESGRAÇAS DESTE GOVERNO PS, DIZ SER PRECISO EVITAR «MATANÇAS DESCONTROLADAS»! ACHA BEM PÔR EM FUGA PALESTINIANOS DAS SUAS CASAS E TERRAS, E APOIA, PRESUME-SE, 'MATANÇAS CONTROLADAS' NA FAIXA DE GAZA! Alfredo Barroso

3) Ultimato israelita faz palestinianos temer uma "segunda Nakba"

A palavra árabe significa "catástrofe" e é usada para designar o êxodo palestiniano após a criação do Estado de Israel, em 1948. Hamas pediu aos palestinianos para não saírem das suas casas.

Palestinianos fogem da Cidade de Gaza com os seus pertences, depois de ultimato israelita para que se dirijam para sul.© MAHMUD HAMS / AFP

Israel. Secretário da Defesa dos EUA garante que o Hamas é pior do que o Estado Islâmico

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, falou de uma "segunda Nakba", uma palavra que em árabe significa "catástrofe" e que é usada para referir a saída em massa dos palestinianos das suas casas durante a criação do Estado de Israel, em 1948. Nesse ano, mais de 760 mil palestinianos fugiram ou foram forçados a deixar as suas terras, com a criação de campos de refugiados na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, mas também no Líbano, Jordânia ou Síria.

O ultimato de 24 horas não foi revelado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês), mas por parte das Nações Unidas, que foram alertadas na noite de quinta-feira para a necessidade de retirar de Gaza. Os israelitas não confirmaram o prazo. Muitos palestinianos questionavam "para onde vamos?", sabendo que não existe forma de sair do território de 362 quilómetros quadrados, já que a única fronteira com o Egito está também fechada.

As IDF enviaram mensagens, em árabe, a pedir aos civis para saírem das suas casas em direção a sul, para lá do rio (Wadi Gaza) "para sua própria segurança e proteção" e não em direção à vedação de segurança na fronteira com Israel. Segundo as contas da ONU, ainda antes do ultimato, já 423 mil pessoas tinham fugido de casa.

A ONU considerou "impossível" a retirada em tão pouco tempo "sem consequências humanitárias devastadoras". O porta-voz Stéphane Dujarric apelou, em declarações à AFP, para que a ordem de evacuação fosse "retirada, de forma a evitar que o que já é uma tragédia se transforme numa situação calamitosa"e até o inteligente chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, considerou "irrealista" dar apenas 24 horas para a retirada de mais de um milhão de civis, numa altura em que Gaza está bloqueada, sem acesso a eletricidade, água ou combustível.

Já a Turquia disse ser "inaceitável" o ultimato, denunciando "uma flagrante violação das leis internacionais" e dizendo que é "inumano". Os EUA falaram de um "desafio difícil", considerando contudo que Israel está a dar um "aviso justo" aos civis para saírem. O presidente russo, Vladimir Putin, comparou as ações israelitas em Gaza ao "cerco de Leninegrado durante a II Guerra Mundial" pelos nazis, alertando ainda para o facto de uma ofensiva terrestre resultar num nível de mortes civis "totalmente inaceitável".
"Nunca vamos esquecer ou perdoar os atos horríveis dos nossos inimigos", disse o primeiro-ministro 
Cisjordânia e Líbano
As atenções estão focadas em Gaza, mas na Cisjordânia já morreram pelo menos 46 palestinianos em situações de violência ligadas ao conflito entre o Hamas e Israel. Esta sexta-feira, pelo menos 11 palestinianos foram mortos por fogo israelita quando participavam em protestos de solidariedade para com Gaza, durante o "Dia de Raiva" convocado pelo Hamas. No total, 133 pessoas ficaram feridas em várias localidades da Cisjordânia.

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