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26 de outubro de 2023

Estratégia eleitoral de Biden: 'Vamos lutar em três guerras ao mesmo tempo!'

 Biden anunciou na semana passada que os Estados Unidos financiariam – e possivelmente lutariam em – três guerras em três partes diferentes do mundo ao mesmo tempo. É uma política externa ambiciosa para um presidente que nem parece ser capaz de expressar um pensamento coerente sem a ajuda de um teleponto.

Quase todas as palavras do discurso de Biden eram falsas, incluindo a sugestão absurda de que "a liderança americana é o que mantém o mundo unido. As alianças americanas são o que nos mantém seguros."

O intervencionismo dos EUA na Ucrânia já há mais de dez anos e no Médio Oriente há décadas levou essas duas regiões à beira de uma explosão diferente de tudo o que se viu antes. E se isso não for suficiente, os neoconservadores de Biden também estão determinados a nos levar à guerra com a China por causa de Taiwan. O mundo está literalmente desmoronando na nossa frente, enquanto Biden afirma que somos a única coisa que o mantém unido!

Após um ataque brutal a Israel pelo Hamas no início deste mês, Israel declarou guerra não apenas aos terroristas que atacaram seu território, mas a toda a população de Gaza. A política de punição coletiva de Israel – arrasando Gaza – inflamou muçulmanos do Médio Oriente à Ásia e às capitais ocidentais. A raiva grassa mais ferozmente do que vimos em décadas, talvez desde a fundação de Israel em 1948.

No entanto, em vez de tentar ajudar a facilitar um cessar-fogo e uma solução pacífica, Biden jogou gasolina no fogo, enviando dois grupos de porta-aviões dos EUA e pelo menos 15 000 soldados, enquanto ameaçava levar a guerra ao Líbano, Irão e Síria se eles interviessem na guerra de Israel contra os palestinos. O que poderá a Rússia fazer se os EUA atacarem as forças russas na Síria ou os aliados da Rússia em Teerão?

Biden também repetiu a linha de que "Israel tem o direito de se defender". Embora isso possa ser verdade, não é Israel defendendo-se. É o governo dos EUA intervindo para defender Israel. E enquanto todo o mundo muçulmano se enfurece contra Israel pela destruição de Gaza, como achamos que eles estarão connosco como financiadores e facilitadores dessa destruição?

Ao arrastar os Estados Unidos para esta guerra, o presidente Biden plantou as sementes de inúmeros ataques de repercussão no estilo 9/11 contra os EUA. No entanto, ele tem a audácia de afirmar que tudo isso está mantendo-nos seguros.

Sondagens recentes mostram que a maioria dos americanos discorda de Biden. Uma pesquisa da CBS/YouGov feita na semana passada mostra que a maioria dos americanos se opõe ao envio de armas para Israel. Sua secretária do Tesouro, Janet Yellen, garantiu que "podemos nos dar" ao luxo de financiar duas guerras porque a economia dos EUA está indo "excecionalmente bem". Sobre isto, talvez o povo americano saiba algo que Yellen e as elites não conhecem.

Enquanto Biden exige mais 105 mil milhões de dólares para financiar as guerras na Ucrânia, Gaza e Taiwan, seu discurso parecia ter um toque de retórica de campanha. "Disseram-me que fui o primeiro [presidente] americano a entrar numa zona de guerra não controlada pelos militares dos Estados Unidos desde o presidente Lincoln", disse ele em seu discurso. A afirmação é flagrantemente falsa, mas ele deve acreditar que lhe dá um ar de bravata.

Dizem que é vantajoso ser visto como um "presidente em tempo de guerra" quando as eleições acontecem, mas Biden pode ter calculado mal o nível de apoio que obterá por vir a ser o presidente no tempo da “Terceira Guerra Mundial".

Por Ron Paul - ex-congressista republicano do Texas. Ele foi o candidato do Partido Libertário à presidência em 1988. Biden Election Strategy: ‘Let’s Fight Three Wars at Once!’ – Information Clearing House.info

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