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10 de outubro de 2023

“São animais humanos e vão ser tratados como tal”

 A frase do Ministro da Defesa de Israel é simplesmente imbecil. A sua arrogância racista não lhe dá para ver que todos os humanos são animais os israelitas também, mesmo que se considerem “o povo eleito”. Se tratassem os cães como têm tratado os palestinianos, há muito a “comunidade internacional” os tinha ostracizado. Mas o que a frase também revela é reconhecer o fracasso das políticas de desprezo pelos direitos humanos e repressão de Israel e a sua atual fragilidade.

Em Telegram: Contact @intelslava pode ver-se o número de vítimas que os animais humanos andaram a fazer uns aos outros: entre 2008 e 2020, Israel matou 5 590 palestinos, os palestinos mataram 251 israelitas. Por exemplo, considerando os ataques israelitas como retaliação (sem olhar para o que está para trás) em 2017 os palestinos fizeram 174 vítimas (mortes e feridos) e 2018, 130. Os israelitas fizeram em 2017, 8 526 vítimas e em 2018, 31 558 vítimas. Este nível de retaliação só tem paralelo com as dos nazis sobre a população civil, por ações dos resistentes (também então “terroristas”).

Israel lançou quatro ataques militares prolongados em Gaza: em 2008, 2012, 2014 e 2021. Milhares de palestinos foram mortos, incluindo muitas crianças, e dezenas de milhares de casas, escolas e edifícios de escritórios foram destruídos. A reconstrução tem sido quase impossível porque o cerco impede que materiais de construção, como aço e cimento, cheguem à Gaza.

Em 2008, o ataque envolveu o uso de armamento proibido internacionalmente, como o fósforo. Em 2014, num período de 50 dias, Israel matou mais de 2 100 palestinos, incluindo 1 462 civis e perto de 500 crianças. Durante o ataque , chamado de Operação Margem Protetora [Operation Protective Edge] pelos israelitas, cerca de 11 mil palestinos ficaram feridos, 20 mil casas foram destruídas e meio milhão de pessoas foram deslocadas.

Se Israel tentou copiar a saga dos nativos da América do Norte (as tribos “índias”) para expansão dos EUA, isso está a sair caro para a própria população de Israel. Os israelitas tiveram mais vítimas em 48 horas do que nos doze anos anteriores de escaramuças com o Hamas e outros em Gaza, e houve vítimas bem no interior de Israel.

O número de mortos israelitas em 8/10 ultrapassava 700 e o número de feridos 2 382. Soldados das FDI mortos, 73, mais de 100 foram capturados, incluindo oficiais superiores, disse o Hamas. Na Palestina: 436 palestinos mortos, incluindo 91 crianças e 61 mulheres; 2 271 feridos, incluindo 244 crianças e 151 mulheres. Estes números crescem fala-se em mais de 800 mortos israelitas e mais de 500 palestinos. A Al-Jazeera citou uma rádio israelita, citando uma fonte oficial sénior: O número de vítimas israelitas é insondável e muito maior do que o que foi anunciado.

Na segunda-feira, Israel anunciou um “bloqueio total” da Faixa de Gaza, interrompendo o fornecimento de alimentos, combustível e outros produtos essenciais ao enclave já sitiado, num ato que, segundo o Direito Internacional, equivale a um crime de guerra.

Esta guerra sem fim pode então agravar-se drasticamente se o Irão, ou por ele o Hezbollah, intervierem invocando razões humanitárias e penetrarem o previsto bloqueio confrontando forças israelitas. 

O histórico do conflito Israel-palestina pode ser visto aqui.


1 comentário:

mensagensnanett disse...

Os ocidentais mainstream (e os judeus fazem parte dos ocidentais mainstream) possuem um largo historial de genocídios e substituições populacionais:
-> os ocidentais mainstream permitiram a construção de um Estado de Índios norte-americanos: NÃO!
-> os ocidentais mainstream permitiram a construção de um Estado de Aborígenes australianos: NÃO!
-> etc.
--->>> Os palestinianos têm sido um osso mais duro de roer!...
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NOTA:
Os ocidentais mainstream manipularam o povo mais estúpido do planeta (leia-se: ucranianos): uma oportunidade de pilhagem.
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---> Os estúpidos ucranianos aliaram-se àqueles (leia-se ocidentais mainstream) que querem pilhagem (ocidentais a comprar a Ucrânia em troca de armas) e substituição populacional na Ucrânia («não há mão-de-obra suficiente para a reconstrução»).
---> A Rússia não queria nem pilhagem nem substituição populacional... queria respeito pela herança pela herança dos sovietes:
1-> o braço armado (leia-se NATO) do império das mentiras e das pilhagens (ex: prometeram que a NATO não se iria deslocar uma polegada para leste, a mentira da guerra do Iraque, etc etc) longe das fronteiras da Rússia.
2-> embora integradas na Ucrânia, as regiões do leste da Ucrânia deveriam ser dotadas de autonomia: acordos de paz de Minsk1 e Minsk2.
[nota: as regiões (russófonas) do leste da Ucrânia não foram dadas, pelos sovietes, à Ucrânia: foram dadas pelos sovietes, isso sim, foi à República Socialista Soviética da Ucrânia]