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14 de março de 2024

A CIA a extrema direita e a corrupção

Brasil 111
1 Hoje sabe se que os EUA já  há muito utilizam o  dito"combate"  à corrupção para atingir os seus objectivos políticos e económicos . Com as suas ligações aos serviços secretos  dos diversos países da NATO e do Terceiro Mundo vão conhecendo os casos de corrupção e quando um governo não é do seu agrado actuam extraterritorialmente. O Lava Jacto no Brasil é conhecido mas há indícios de que terão actuado também na Península Ibérica

2 " Uma empresa de segurança espanhola está sendo investigada por suposta espionagem de vários ex-chefes de Estado latino-americanos, informou El País.
O jornal espanhol, citando processos judiciais, alegou anteriormente que a mesma empresa, UC Global, S.L., tinha espionado o cofundador do WikiLeaks Julian Assange a pedido da CIA.
Em um artigo publicado no dia (18), o El País escreveu que novas suspeitas foram levantadas depois que o juiz espanhol Santiago Pedraz ordenou outro exame de um laptop pertencente a David Morales, chefe da UC Global, S.L.
As autoridades espanholas iniciaram uma investigação sobre suas atividades em 2019, com a primeira divulgação de dados de seu MacBooklançando luz sobre suas supostas atividades de espionagem na embaixada equatoriana em Londres, durante os anos em que Assange estava escondido lá.
No entanto, de acordo com o jornal, descobriu-se que a polícia espanhola não conseguiu extrair todos os arquivos relevantes na primeira vez.
As novas evidências indicam que Morales e seus funcionários também monitoraram secretamente as reuniões do ex-presidente equatoriano Rafael Correa e mais outros quatro ex-chefes de Estado –Cristina Fernández de Kirchner de Argentina, Lula da Silva e Dilma Rousseff do Brasil e José Mujica, antigo líder uruguaio.

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião ministerial no Palácio do Planalto, Brasília, 15 de junho de 2023  -  1920, 30.06.2023
Panorama internacional
Analista: Lula pode ser a chave para libertação de Assange porque ele 'sabe como construir consenso'
30 de junho 2023, 07:19
O governo equatoriano sob Correa teria contratado a UC Global, S.L. para fornecer segurança à sua missão diplomática na capital britânica. No entanto, a mídia alega que em vez disso a empresa espanhola espionou Assange e seus advogados, acrescentando que Morales passou a espionar Correa também, especialmente depois que ele deixou o cargo Também a
colaboração secreta e ilegal entre o Departamento de Justiça dos EUA e os procuradores de Curitiba gerou críticas, evidenciando uma possível interferência estrangeira nas investigações da operação Lava Jato.
Revelações de conversas vazadas do Ministério Público Federal no Paraná, que já são conhecidas pelo público, apontam para uma subordinação a interesses estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. Dez anos depois, a  conversa com especialistas que dão visões acerca dos impactos e interesses por trás do envolvimento dos EUA na operação que sacudiu a Justiça, a política, a economia e a sociedade do Brasil."
 Leia se se o livro traduzido do françês A Arapuca Estado Unidense um lava Jato mundial



Em 2014 a França perdeu o controle de boa parte das suas centrais nucleares para os Estados Unidos, com isso perdendo também sua soberania energética.

Chamo-me Frédéric Pierucci e me vi lançado no olho desse furacão. Ex-executivo de uma das filiais da Alstom, conheci os subterrâneos desse thriller de 12 bilhões de dólares. Depois de muito tempo obrigado a ficar em silêncio, decidi, com o jornalista Matthieu Aron, revelar toda a trama.

Em abril de 2013, fui preso em Nova York pelo FBI e processado por um caso de corrupção. Eu não tinha tocado em um centavo, mas as autoridades estadunidenses me mantiveram encarcerado por mais de dois anos – a maior parte dos quais em uma masmorra que chamam de prisão de segurança máxima.

Tudo isso nunca passou de chantagem para forçar os controladores da Alstom a vendê-la para a General Electric, sua grande concorrente estadunidense, mas não sem antes fazê-la pagar a maior multa que os EUA jamais impuseram a alguma empresa até então. A Alstom foi a quinta empresa a ser encampada pela GE depois de sofrer um ataque do Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

Minha história se enreda com e ilustra a guerra secreta dos Estados Unidos contra a França e o mundo, corrompendo o direito e a ética para utilizá-los como armas de dominação econômica. Uma após a outra, as maiores empresas francesas (Alcatel, Total, Société Générale, BNP e várias outras) foram desestabilizadas. Nos últimos anos, só as multinacionais francesas pagaram mais de 14 bilhões de dólares em multas ao Tesouro estadunidense. E isso é apenas o começo…

E pena que este livro não tenha sido editado em Portugal

Este livro recebeu o prêmio francês Novos Direitos Humanos <Nouveaux Droits de l’Homme> 2019.

 “Excelente livro para entender como se dá a guerra econômica entre grandes corporações, e como os Estados Unidos pressionam países e grupos econômicos estrangeiros. Este universo não é acessível a pesquisadores. Mas quando um alto executivo de um gigante como a Alstom francesa, é preso e humilhado, e solta o verbo, a riqueza de informações é impressionante, porque vem de dentro. É um livro que se lê como romance policial, só que não é ficção. Uma janela para o mundo real. O Brasil é mencionado em várias ocasiões, e não há como não fazer o paralelo entre a guerra pelo controle das tecnologias mais avançadas e dos maiores contratos internacionais, com o que foi a Lavajato no Brasil, também desenvolvida em nome da luta contra a corrupção, com o apoio dos Estados Unidos, e terminando em quebrar grandes concorrentes da construção como a Odebrecht, e com a privatização de grande parte da base energética do país, em particular da Petrobrás e da Eletrobrás, sem falar de outro florão tecnológico do Brasil que é a Embraer. É guerra, e utilizar o judiciário americano e brasileiro de forma escandalosa faz parte do sistema.” (Ladislau Dowbor)

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