Brasil 111
1 Hoje sabe se que os EUA já há muito utilizam o dito"combate" à corrupção para atingir os seus objectivos políticos e económicos . Com as suas ligações aos serviços secretos dos diversos países da NATO e do Terceiro Mundo vão conhecendo os casos de corrupção e quando um governo não é do seu agrado actuam extraterritorialmente. O Lava Jacto no Brasil é conhecido mas há indícios de que terão actuado também na Península Ibérica
2 " Uma
empresa de segurança espanhola está sendo investigada por suposta
espionagem de vários ex-chefes de Estado latino-americanos, informou El
País.
O jornal espanhol, citando processos
judiciais, alegou anteriormente que a mesma empresa, UC Global, S.L.,
tinha espionado o cofundador do WikiLeaks Julian Assange a pedido da
CIA.
Em um artigo publicado no dia (18),
o El País escreveu que novas suspeitas foram levantadas depois que o
juiz espanhol Santiago Pedraz ordenou outro exame de um laptop
pertencente a David Morales, chefe da UC Global, S.L.
As
autoridades espanholas iniciaram uma investigação sobre suas atividades
em 2019, com a primeira divulgação de dados de seu MacBooklançando luz
sobre suas supostas atividades de espionagem na embaixada equatoriana
em Londres, durante os anos em que Assange estava escondido lá.
No
entanto, de acordo com o jornal, descobriu-se que a polícia espanhola
não conseguiu extrair todos os arquivos relevantes na primeira vez.
As
novas evidências indicam que Morales e seus funcionários também
monitoraram secretamente as reuniões do ex-presidente equatoriano Rafael
Correa e mais outros quatro ex-chefes de Estado –Cristina Fernández de
Kirchner de Argentina, Lula da Silva e Dilma Rousseff do Brasil e José
Mujica, antigo líder uruguaio.
Presidente
da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante reunião ministerial no
Palácio do Planalto, Brasília, 15 de junho de 2023 - 1920, 30.06.2023
Panorama internacional
Analista: Lula pode ser a chave para libertação de Assange porque ele 'sabe como construir consenso'
30 de junho 2023, 07:19
O
governo equatoriano sob Correa teria contratado a UC Global, S.L. para
fornecer segurança à sua missão diplomática na capital britânica. No
entanto, a mídia alega que em vez disso a empresa espanhola espionou
Assange e seus advogados, acrescentando que Morales passou a espionar
Correa também, especialmente depois que ele deixou o cargo Também a
colaboração
secreta e ilegal entre o Departamento de Justiça dos EUA e os
procuradores de Curitiba gerou críticas, evidenciando uma possível
interferência estrangeira nas investigações da operação Lava Jato.
Revelações
de conversas vazadas do Ministério Público Federal no Paraná, que já
são conhecidas pelo público, apontam para uma subordinação a interesses
estrangeiros, especialmente dos Estados Unidos. Dez anos depois, a
conversa com especialistas que dão visões acerca dos impactos e
interesses por trás do envolvimento dos EUA na operação que sacudiu a
Justiça, a política, a economia e a sociedade do Brasil."
Leia se se o livro traduzido do françês A Arapuca Estado Unidense um lava Jato mundial
3 Em
2014 a França perdeu o controle de boa parte das suas centrais
nucleares para os Estados Unidos, com isso perdendo também sua soberania
energética. Chamo-me
Frédéric Pierucci e me vi lançado no olho desse furacão. Ex-executivo
de uma das filiais da Alstom, conheci os subterrâneos desse thriller de
12 bilhões de dólares. Depois de muito tempo obrigado a ficar em
silêncio, decidi, com o jornalista Matthieu Aron, revelar toda a trama.
Em
abril de 2013, fui preso em Nova York pelo FBI e processado por um caso
de corrupção. Eu não tinha tocado em um centavo, mas as autoridades
estadunidenses me mantiveram encarcerado por mais de dois anos – a maior
parte dos quais em uma masmorra que chamam de prisão de segurança
máxima.
Tudo
isso nunca passou de chantagem para forçar os controladores da Alstom a
vendê-la para a General Electric, sua grande concorrente estadunidense,
mas não sem antes fazê-la pagar a maior multa que os EUA jamais
impuseram a alguma empresa até então. A Alstom foi a quinta empresa a
ser encampada pela GE depois de sofrer um ataque do Departamento de
Justiça dos Estados Unidos.
Minha
história se enreda com e ilustra a guerra secreta dos Estados Unidos
contra a França e o mundo, corrompendo o direito e a ética para
utilizá-los como armas de dominação econômica. Uma após a outra, as
maiores empresas francesas (Alcatel, Total, Société Générale, BNP e
várias outras) foram desestabilizadas. Nos últimos anos, só as
multinacionais francesas pagaram mais de 14 bilhões de dólares em multas
ao Tesouro estadunidense. E isso é apenas o começo…
E pena que este livro não tenha sido editado em Portugal
Este livro recebeu o prêmio francês Novos Direitos Humanos <Nouveaux Droits de l’Homme> 2019.
“Excelente
livro para entender como se dá a guerra econômica entre grandes
corporações, e como os Estados Unidos pressionam países e grupos
econômicos estrangeiros. Este universo não é acessível a pesquisadores.
Mas quando um alto executivo de um gigante como a Alstom francesa, é
preso e humilhado, e solta o verbo, a riqueza de informações é
impressionante, porque vem de dentro. É um livro que se lê como romance
policial, só que não é ficção. Uma janela para o mundo real. O Brasil é
mencionado em várias ocasiões, e não há como não fazer o paralelo entre a
guerra pelo controle das tecnologias mais avançadas e dos maiores
contratos internacionais, com o que foi a Lavajato no Brasil, também
desenvolvida em nome da luta contra a corrupção, com o apoio dos Estados
Unidos, e terminando em quebrar grandes concorrentes da construção como
a Odebrecht, e com a privatização de grande parte da base energética do
país, em particular da Petrobrás e da Eletrobrás, sem falar de outro
florão tecnológico do Brasil que é a Embraer. É guerra, e utilizar o
judiciário americano e brasileiro de forma escandalosa faz parte do
sistema.” (Ladislau Dowbor)
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