1 Ver um comentador televisivo dos mais isentos embora alinhado à
direita dizer que o enfraquecimento eleitoral da CDU e do PC não é uma
boa coisa para a democracia pois segundo ele o PC é o partido mais
sério,mais estruturado no mundo do trabalho e das maiores forças
organizadas senão a maior da democracia portuguesa , visceralmente antí fascista e acrescentar que a
sua votação fruto de erros próprios não é também alheia ao silêncio e deturpação das suas
posições na grande comunicação social é coisa rara. Dizer ainda que
nenhum meio de comunicação social andou com esta coligação ao colo, pelo
contrário e que foi deliberadamente abusivo colar o Putin ao PC que
sempre se distanciou deste e sempre se afastou das posições maniqueias
na guerra da Ucrânia tendo pago um elevado e injusto preço é coisa
ainda muito mais rara.
Depois afirmar que o líder
teve muito pouco tempo de se afirmar e que era o menos experimentado já
é do domínio do óbvio mas é relevante o comentador dizer que o líder
foi ainda vítima de alguma arrogância intelectual dos seus pares no
comentário.
O problema é que mesmo os que despindo
se de preconceitos conseguem afirmar isto nas próximas farão o
mesmo." de Daniel Lacerda
2 Do facebook do GeneralRaúl Cunha:
" Face a alguns dos comentários ao meu 'post' anterior, vejo-me na contingência de vos escrever o seguinte:
Eu
não escondo e nunca escondi que não gosto do “Chega”, sobretudo porque
considero o seu líder um vigarista (e o “Chega” é esse líder, que caso
desaparecesse logo o partido se esfumaria), desde logo quando o trafulha
anunciou que “Deus lhe tinha confiado essa missão” (se calhar também
lhe confidenciava umas dicas quando ele lia as cartas junto com a Maya),
depois quando grita, esbraceja e mente com quantos dentes tem na boca,
quando se vitimiza mas vai anunciando vinganças, quando promete este
mundo e o outro sabendo bem que nunca o poderá cumprir, quando se faz
rodear e mantém uma ‘corte’ de ladrões (até esmolas das igrejas eles
roubam), corruptos (a corrupção moral também conta) e aldrabões (como
ele) os quais ele bem podia começar por “limpar” como diz que irá fazer.
Daí
eu dizer que, em parte, só mesmo a ignorância permite que um
manipulador (e nisso o “bicho” é eficiente) consiga levar 1 milhão e 100
mil almas a votar nele. Ignorância não é só “não saber”, é sobretudo
neste caso “não querer saber”. Também é claro que não serão todos
ignorantes, há muitos que são fachos convictos e saudosistas do anterior
regime e sobretudo há muitos que, face à miserabilidade da restante
panóplia de partidos políticos decidiram optar por ele. Não me venham é
dizer que foi porque o seu programa e projecto de governação é uma
maravilha, porque esse simplesmente consiste em destruir o que há de
positivo para o povinho e voltar a dar o ouro aos bandidos, que por
alguma razão o financiam (aquilo que repetiu à exaustão e até parecia um
programa socialista era só, obviamente, para enganar os papalvos).
Aliás, nas suas declarações após se saberem os resultados, não escondeu a
sua sede de “poder” e a ambição de revanchismo sobre a “esquerda”, mas
que queria significar sobre o regime saído do 25 de Abril, ao qual
muitos dos que votaram nele, sobretudo os mais jovens, devem essa
possibilidade de votarem livremente.
Enfim, a
verdade é que o “Chega” cresceu porque o PS e o PSD sempre procuraram
fazer uma política virada para eles próprios (empregar os seus e
açambarcar as oportunidades para quem tivesse um cartão de militante) e
continuaram a desprezar os problemas sociais (o interior ao abandono, a
imigração descontrolada, o descalabro do SNS, a identidade de género, a
corrupção, etc.). E, de facto, pode dizer-se que o “Chega” teve uma
grande votação, mas também é uma realidade que ficou muito aquém do que
ele pretendia pois fartou-se de anunciar que iria vencer estas eleições,
mas digamos que o 3º lugar até já nem foi muito mau. Mentindo como é
seu timbre, anunciou que quadruplicou o número de votos (nem chegou a
triplicar, foi mais uma “habilidade” pois o que quadruplicou foi o
número de deputados) e veio também dizer que o bipartidarismo acabou,
mas lá está ele de novo a enganar o pagode, porque para arranjar alguém
capaz de fazer algo, sem ser destruir, anda a seduzir os boys do PSD,
indiciando a sua nítida falta de “arcaboiço”. Por outro lado, a sua
actual humilde sabujice para ver se integra o governo da AD revela que
afinal o que quer mesmo é partilhar as prebendas do “poder” para
conseguir manter agarrados os seus ávidos correligionários - ficámos
assim a saber que é mais um partido deste "sistema". Poderá, quando
muito e quando o governo de Montenegro propuser o orçamento para 2025,
fazer cair esse governo, mas aí terá de arcar com o opróbrio de uma tal
atitude."
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