Retirado das redes sociais três textos
1) Roubado a J Matias facebook
" Não votando na
direita , sou de esquerda poderia eu votar em partidos que por puro
oportunismo mediático foram bater palmas a Zelenski na A.Repiblica?
Sabendo
que Rui Tavares que é um homem informado e sabe quem foi Navalny e
que nestas eleições foi fazer uma acção de campanha às portas da embaixada da Federação Russa poderia eu ir votar em alguém que deu um
tão asqueroso exemplo de oportunismo político?
Uma tal atitude diz me muito sobre o carácter e a personalidade de um candidato. E quem faz um cesto faz um cento . "
2) NA HORA MAIS PERIGOSA
Viriato Soromenho-Marques/ DN
O
mundo está cada vez mais sombrio. Uma guerra na Europa há mais de dois
anos. Em Gaza, a banalização do genocídio. Netanyahu é hoje o mais
poderoso e inimputável carniceiro do planeta. Ele exibe, com visível
prazer, o total domínio sobre Biden, e o conformismo colaborante da UE,
através da desastrada Ursula von der Leyen.
Podem
as coisas bater ainda mais no fundo? Sim. Numa dezena de dias, dois
acontecimentos envolvendo Berlim e Paris - o duplo “motor da construção
europeia”, como se dizia nos tempos de ilusão - concorreram para uma
eventual escalada bélica.
Moscovo
intercetou, em 19 de fevereiro, uma longa conversa envolvendo quatro
oficiais de alta patente da Força Aérea alemã, onde se destaca o seu
chefe máximo, o general Ingo Gerhartz. Esta gravação é politicamente
significativa pelos seguintes motivos: revela que esses militares
manifestam simpatia pelo aparente apoio do ministro alemão da Defesa,
Pistorius, à entrega a Kiev de mísseis Taurus de fabrico alemão, com
alcance até 500 km; a posição prudente de Scholz (que receia um ataque a
Moscovo com esses mísseis) é tratada como um obstáculo; para o caso da
transferência dessas armas são estudados potenciais alvos, assim como
formas de dissimular o envolvimento alemão; percebe-se que todos os
participantes sabem terem os EUA, a França e a Grã-Bretanha militares na
Ucrânia, envolvidos diretamente no uso do material de guerra mais
moderno e complexo; um dos alvos potenciais discutidos é a Ponte da
Crimeia… O acesso a esta gravação deve-se a uma imperdoável falta de
profissionalismo nos protocolos de segurança, que ajuda a perceber como a
inépcia de militares, e não apenas a maciça ignorância dos políticos,
nos conduziu até aqui.
O
segundo caso é ainda mais grave. Em 26 de fevereiro, Macron lançou a
ideia de que a NATO deve ponderar a intervenção com forças terrestres no
teatro de operações ucraniano. Vozes contrárias ergueram-se de
Washington, Londres, Berlim. Roma e Madrid. Dia 5 de março, um Macron
ofendido reiterou a ideia, invocando a sua “coragem”, insinuando a
cobardia alheia, incitando a NATO a enfrentar Moscovo frontalmente.
A
fanfarronice de Macron não é sinal de coragem - que Aristóteles
afirmava ser a suprema das virtudes, raiz de todas as outras -, mas de
uma tóxica combinação entre temeridade, superficialidade e má-fé. Se a
NATO entrar em guerra direta com Moscovo é fácil prever o que vai
acontecer: seguindo a sua doutrina militar de décadas, a Rússia
compensará a sua inferioridade convencional, perante o conjunto da NATO,
com o uso do seu diversificado arsenal nuclear. A escalada começará nas
armas táticas de teatro, com algumas quilotoneladas de TNT equivalente,
e acabará nos SLBM, com várias megatoneladas, mísseis lançados de
submarinos capazes de arrasar cidades inteiras. Só uma criminosa
arrogância pode levar a acreditar que se trata de bluff.
Repito
pela enésima vez: numa guerra entre potências nucleares, capazes de
destruir várias vezes o planeta (overkill), só o primado racional da
política e da diplomacia pode evitar o suicídio da Humanidade.
Se
a NATO - trocando uma agenda política realista por uma irresponsável
retórica de ressentimento - enveredar pela confrontação militar direta,
não terá como resposta o irrepetível milagre da santidade política de
Gorbachev. Com Putin, quem quiser derrotar a Rússia terá de arriscar a
destruição mútua assegurada. O irreversível fim da História como
terminal e absoluta realidade.
3 ) Do facebook de Maria lamas de Oliveira
Este texto é da primeira página do jornal The Guardian .
Tradução minha.
Os escândalos de corrupção.
E estes documentos de prova não foram colhidos nem atirados para a imprensa por Julian Assange, nem por Edward Snowden...
Acordo de defesa com os sauditas
Ministério
da Defesa britânico pagou milhões uma conta saudita em meio ao
escândalo de corrupção da BAE, a maior empresa britânica de armas .
Documentos
mostram autoridades enfatizando a necessidade de “manter os sauditas ao
lado” após revelações sobre o notório acordo al-Yamamah
Por David Pegg e Rob Evans
Sexta-feira, 8 de março de 2024
O
Ministério da Defesa britânico transferiu pagamentos questionáveis
através da sua própria conta bancária, no meio de um dos maiores
escândalos de corrupção da história, apesar das preocupações de que o
dinheiro pudesse ser embolsado pela família real saudita.
Documentos
anteriormente confidenciais mostram como o Ministério da Defesa
britanico concordou em fazer os pagamentos para uma conta bancária
saudita depois de as transações terem sido examinadas na sequência de
uma investigação da agência anticorrupção do Reino Unido, o Serious
Fraud Office (SFO).
Os
documentos revelam que um alto funcionário do Ministério da Defesa
expressando preocupação de que recusar os pedidos sauditas de pagamentos
poderia correr o risco de “desagradar os principais sauditas” e
enfatizando a necessidade de “manter os sauditas ao nosso lado neste
momento crítico”.
O novo
sistema de pagamento, detalhado nos documentos, foi criado depois de o
SFO ter começado a investigar alegações de que a BAE, a maior empresa de
armas da Grã-Bretanha, tinha pago subornos avultados à família real
saudita para conseguir o notório contrato entre o Reino Unido e a Arábia
Saudita al-Yamamah .
A
investigação do SFO foi encerrada abruptamente em 2006, depois que o
governo de Tony Blair interveio após pressão dos sauditas . O furor
internacional que se seguiu prejudicou gravemente a reputação da
Grã-Bretanha na luta contra a corrupção.
Os
documentos vieram à tona em um processo judicial concluído na
quarta-feira . E-mails e memorandos, muitos deles marcados como
“altamente sensíveis” e “restritos”, relativos ao contrato de 40 mil
milhões de libras da al-Yamamah, foram transmitidos em tribunal. Nos
termos do contrato, a Grã-Bretanha forneceu 120 aeronaves Tornado,
aviões de guerra Hawk e outros equipamentos militares para a Arábia
Saudita.
A Dra. Susan
Hawley, diretora do Spotlight on Corruption , disse que foi “totalmente
chocante” que, após o encerramento do inquérito SFO, o Ministério da
Defesa tenha estabelecido um novo sistema opaco para facilitar o fluxo
contínuo de pagamentos.
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