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16 de fevereiro de 2025

A Ursula está sem fala

 Brasil111

1 Uma pergunta que deixou  a Ursula muda.
Presidente da Hungria: por que é  que a UE devia estar nas negociações de paz se esteve sempre a favor da guerra ?
2 A antecâmara do fim da guerra é a missa de corpo presente dos propagandistas. Dos que promoveram campanhas de silenciamento, censura e ataques pessoais contra todo aquele que ousasse constatar factos óbvios, mesmo que contradissesse a narrativa dominante. Como integridade e espinha dorsal é algo que lhes é escasso, não se espera que se retractem ou que reconheçam as consequências graves dos seus actos. 

Os tempos da bravata acabaram e quanto mais insistirem na propaganda, mais isolados e mais deslocados da realidade vão ficar. A propaganda tem pés de barro e, como se disse desde a primeira hora, enquanto elevavam Zelensky a génio político e militar, a guerra decide-se em Washington e Moscovo. Todos os outros actores políticos são subalternos, de Zelensky a Von der Leyen. 

Para trás fica um rio de sangue que os propagandistas ajudaram a prolongar. Importa pouco. Estarão ocupados a fazer propaganda para as guerras do futuro. Bruno Carvalho facebook

3 os últimos dias as sessões da Rada, o parlamento ucraniano, têm sido tumultuosas pela decisão de Zelensky impor sanções ao anterior presidente Pyotr Poroshenko e ao seu partido Solidariedade Europeia. A SBU, os serviços secretos ucranianos e o Conselho da Defesa, órgãos directamente subordinados a Zelensky, formulam acusações que vão até à traição, para impor várias restrições a  Poroshenko, não o deixando sair do país, não o deixando participar na Conferência de Segurança de Munique. A sessão da Rada foi marcada por uma enorme agitação com exibição de cartazes com inscrições «Não à Ditadura», « Não à Repressão Política», e grande gritaria acusando Zelensky de ser um ditador e de estar a eliminar possíveis concorrentes a uma eleição presidencial, como a administração norte-americana tem exigido. Sugere-se mesmo que o que está a ser preparado é a proibição do partido Solidariedade Europeia que se iria juntar aos outros onze que há muito foram excluídos, com os seus militantes e dirigentes a serem perseguidos, presos e mesmo assassinados. 
Zelensky, cujo mandato presidencial oficialmente expirou em Maio de 2024, além de ter banido quase todos os partidos, tem consolidado o controle sobre a comunicação social e as redes sociais e, invocando a lei marcial, tem adiado indefinidamente eleições. Agora subiu mais um patamar começando a eliminar possíveis rivais, inclusive o popular general Zaluzhny, que depois de ter sido atirado para a embaixada em Londres afastando-o da Ucrânia, tem no seu horizonte possíveis acusações criminais relacionadas com a queda de Kherson em 2022. Zelensky quer-se perpetuar no poder, a grande dúvida é se não se quer continuar no poder para ter tempo de colocar a salvo de forma segura o que ele e a sua camarilha se tem apropriado de parte não negligenciável dos fundos financeiros de apoio à Ucrânia, como se percebe das suas declarações de não saber onde param ou foram parar centenas de milhares de dólares. 
 A repressão política na Ucrânia, iniciada logo a seguir ao golpe de estado de Maidan, orquestrado por Victoria “que se foda a Europa” Nuland, tem-se intensificado ainda antes da invasão da Rússia em Fevereiro de 2021, o que, obviamente, lhe deu novo impulso. O mau estar e a repressão política na Ucrânia é cada vez mais visível, as últimas sessões na Rada dão bem essa imagem.
Extraordinário é o silêncio da comunicação social do jardim de Borrell sobre a agitação política  que está a acontecer na Ucrânia, bem esclarecedor do sofrimento generalizado na UE e NATO pela marginalização, mesmo o desprezo com que estão a ser tratados por Trump e sua corte, não se estranhando o seu apoio a esse farsante ditador e às suas diatribes, muitas a roçar o rídiculo, o que não parece os incomodar. Manuel Augusto Araujo facebook


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