Brasil111
1 Uma pergunta que deixou a Ursula muda.
Presidente da Hungria: por que é que a UE devia estar nas negociações de paz se esteve sempre a favor da guerra ?
2 A antecâmara do fim da guerra é a missa
de corpo presente dos propagandistas. Dos que promoveram campanhas de
silenciamento, censura e ataques pessoais contra todo aquele que ousasse
constatar factos óbvios, mesmo que contradissesse a narrativa
dominante. Como integridade e espinha dorsal é algo que lhes é escasso,
não se espera que se retractem ou que reconheçam as consequências graves
dos seus actos.
Os
tempos da bravata acabaram e quanto mais insistirem na propaganda, mais
isolados e mais deslocados da realidade vão ficar. A propaganda tem pés
de barro e, como se disse desde a primeira hora, enquanto elevavam
Zelensky a génio político e militar, a guerra decide-se em Washington e
Moscovo. Todos os outros actores políticos são subalternos, de Zelensky a
Von der Leyen.
Para
trás fica um rio de sangue que os propagandistas ajudaram a prolongar.
Importa pouco. Estarão ocupados a fazer propaganda para as guerras do
futuro. Bruno Carvalho facebook
3 os
últimos dias as sessões da Rada, o parlamento ucraniano, têm sido
tumultuosas pela decisão de Zelensky impor sanções ao anterior
presidente Pyotr Poroshenko e ao seu partido Solidariedade Europeia. A
SBU, os serviços secretos ucranianos e o Conselho da Defesa, órgãos
directamente subordinados a Zelensky, formulam acusações que vão até à
traição, para impor várias restrições a Poroshenko, não o deixando sair
do país, não o deixando participar na Conferência de Segurança de
Munique. A sessão da Rada foi marcada por uma enorme agitação com
exibição de cartazes com inscrições «Não à Ditadura», « Não à Repressão
Política», e grande gritaria acusando Zelensky de ser um ditador e de
estar a eliminar possíveis concorrentes a uma eleição presidencial, como
a administração norte-americana tem exigido. Sugere-se mesmo que o que
está a ser preparado é a proibição do partido Solidariedade Europeia que
se iria juntar aos outros onze que há muito foram excluídos, com os
seus militantes e dirigentes a serem perseguidos, presos e mesmo
assassinados.
Zelensky, cujo mandato presidencial
oficialmente expirou em Maio de 2024, além de ter banido quase todos os
partidos, tem consolidado o controle sobre a comunicação social e as
redes sociais e, invocando a lei marcial, tem adiado indefinidamente
eleições. Agora subiu mais um patamar começando a eliminar possíveis
rivais, inclusive o popular general Zaluzhny, que depois de ter sido
atirado para a embaixada em Londres afastando-o da Ucrânia, tem no seu
horizonte possíveis acusações criminais relacionadas com a queda de
Kherson em 2022. Zelensky quer-se perpetuar no poder, a grande dúvida é
se não se quer continuar no poder para ter tempo de colocar a salvo de
forma segura o que ele e a sua camarilha se tem apropriado de parte não
negligenciável dos fundos financeiros de apoio à Ucrânia, como se
percebe das suas declarações de não saber onde param ou foram parar
centenas de milhares de dólares.
A repressão
política na Ucrânia, iniciada logo a seguir ao golpe de estado de
Maidan, orquestrado por Victoria “que se foda a Europa” Nuland, tem-se
intensificado ainda antes da invasão da Rússia em Fevereiro de 2021, o
que, obviamente, lhe deu novo impulso. O mau estar e a repressão
política na Ucrânia é cada vez mais visível, as últimas sessões na Rada
dão bem essa imagem.
Extraordinário é o silêncio da
comunicação social do jardim de Borrell sobre a agitação política que
está a acontecer na Ucrânia, bem esclarecedor do sofrimento generalizado
na UE e NATO pela marginalização, mesmo o desprezo com que estão a ser
tratados por Trump e sua corte, não se estranhando o seu apoio a esse
farsante ditador e às suas diatribes, muitas a roçar o rídiculo, o que
não parece os incomodar. Manuel Augusto Araujo facebook
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