Em 2014, o The Guardian, jornal britânico insuspeito de simpatias com Cuba, noticiava que os Estados Unidos, através da USAid, tinham criado secretamente uma rede social para promover a revolta entre a população cubana contra o governo. A rede social chamava-se Zunzuneo, parecida com o Twitter, e começou a funcionar em 2010.
A administração norte-americana propôs que se começasse com uma base de subscritores com conteúdos inócuos como poderiam ser notícias sobre desporto, música e alertas de furacões. De acordo com a Associated Press, criaram falsas empresas que usaram contas bancárias em paraísos fiscais e a rede social chegou a ter 40 mil utilizadores. Este é apenas um dos muitos exemplos de como os Estados Unidos utilizaram o dinheiro da USAid para financiar oposições, meios de comunicação social, golpes de Estado, etc. Tudo aquilo que acusam a Rússia e a China de fazer é, na verdade, concretizado pelos Estados Unidos a uma escala e com um alcance nunca antes vistos. Quando vários países, incluindo a Rússia, decidiram proibir ou condicionar a actividade de ONG financiadas pelo exterior sabiam bem o que estavam a fazer. Desde logo porque os Estados Unidos têm uma lei parecida para evitar que lhes façam a eles o que fazem aos outros. Bruno Carvalho
"A suspensão da USAID por Trump destapou que funcionários noutros países, associações, partidos, jornais, ONG, entre outros, eram pagos pelos Estados Unidos. Era também assim que financiavam golpes, que manobravam oposições, que controlavam países. Por exemplo, a maioria dos jornalistas ucranianos é paga por Washington, os guardas da fronteira na Colômbia recebiam da USAID. A muito questionável Repórteres Sem Fronteiras já veio dizer que esta medida vai atirar o jornalismo "independente" no mundo para o caos... B. C.
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