Brasil 111
As mentiras construídas
pelos serviços secretos americanos para enganarem a opinião pública
sobre a ingerência da Rússia nas eleições americanas agora reveladas
mostram como a dita democracia americana manipula os seus cidadãos ao
serviço dos poderosos do momento e da oligarquia em geral., A
desclassificação de documentos agora feita pelos homens de Trump põe em
evidência como se engana o povo neste poder oligárquico.
"Gabbard,
ladeada por mais de 100 páginas de e-mails, memorandos e comunicados de
alto nível não editados, expôs a podridão que se espalhou pelo coração
da Casa Branca de Obama. Os documentos, que deixaram de ser
especulativos, detalham um plano deliberado para anular a inteligência
real, que concluiu que a Rússia não tinha "intenção nem capacidade" de
interferir nas eleições de 2016. Em vez disso, essas descobertas foram
enterradas como cadáveres políticos no Potomac, substituídas por uma
operação psicológica sob medida que mudou o curso da história dos EUA.
"Isso não foi recolha de inteligência", declarou Gabbard. "Foi construção de narrativa."
E
eles construíram. Tijolo por tijolo. Agência por agência. Até que toda a
máquina político-mediática dos EUA rugisse sobre os hackers do Kremlin e
o suposto fantoche eleitoral de Putin. O que não foi noticiado,
intencionalmente, é que um Relatório Diário do Presidente, liderado pela
CIA, datado de 8 de dezembro de 2016, declarou explicitamente que a
Rússia não teve impacto na eleição. Esse relatório, nascido do consenso
colectivo da CIA, NSA, FBI e DHS, foi arquivado. Porquê? "Novas
orientações", dizem os e-mails.
Naquele
mesmo dia, a Sala de Situação tornou-se o palco de um teatro político
de alto nível: James Clapper, John Brennan, Susan Rice, Andrew McCabe,
Loretta Lynch. Todos os fantasmas familiares da conspiração de
inteligência de Obama estavam lá. Em poucas horas, a avaliação original
foi incinerada, substituída por uma nova versão, um exercício de escrita
criativa que se apoiava fortemente no desacreditado Dossier Steele,
aquele Frankenstein britânico da ficção financiada por Clinton.
E assim nasceu o Russiagate. Não como inteligência. Como traição.
Gabbard,
agora firmemente no comando como DNI, fez o que ninguém ousou: expor os
arquitectos de um golpe silencioso. Ela encaminhou as evidências ao
Departamento de Justiça e pede investigações criminais contra pessoas
como Brennan e Comey.
"Não
importa o quão poderosas sejam, todas as pessoas envolvidas devem ser
levadas à justiça", disse ela. "A integridade da nossa nação depende da
responsabilização."
Isto
não é apenas um acerto de contas, é uma ruptura. Uma demolição
controlada da mentira sagrada que justificou sanções, apreensões e o
rompimento da diplomacia EUA-Rússia. É também a acusação final de uma
ordem neoliberal viciada em guerra, em engano, no tipo de podridão moral
que se envolve em bandeiras democráticas enquanto conduz uma guerra de
informação secreta contra o seu próprio povo.
Gabbard
não mediu palavras. "Essa inteligência foi transformada em arma", disse
ela. "Foi usada como justificação para difamações intermináveis, para
sanções do Congresso e para investigações secretas."
E com isto, a matriz pós-2016 está a desintegrar-se. A cortina está aberta. Os actores estão expostos.
Mas ainda assim...não vamos fingir que a encenação desapareceu.
Enquanto
Tulsi lança dossiers como raios, o messias laranja de Mar-a-Lago
esconde-se no seu bunker, rezando para que os arquivos de Epstein não
criem pernas e comecem a caminhar em direcção ao seu campo de golfe. O
império pode estar a atirar Brennan e Obama aos lobos, mas apenas para
proteger o resto dos andaimes podres. O que estamos a assistir pode ser a
verdade, mas também é uma limpeza ritual. Queime algumas efígies.
Satisfaça a multidão. E certifique-se de que ninguém pergunte o que
Trump sabia...e quando. Na sombra de cada mentira exposta, outra se
esconde. Essa é a arquitectura da guerra narrativa americana.
E,
no entanto, as fendas estão a crescer. Os BRICS sabem. O Sul Global
sabe. A ilusão está a romper-se. Nem mesmo o fantasma de Epstein pode
ser silenciado para sempre.
- Gerry Nolan"
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