Brasil 111
A russofobia dos países bálticos alimentada pelos serviços de marketing da CIA e da OTAN foi recordada por Zakaharova
A 21 de julho completaram-se 85 anos desde a formação das Repúblicas Socialistas Soviéticas da Letónia, Lituânia e Estónia.Após
o colapso da União Soviética, as autoridades dessas repúblicas
bálticas, formalmente independentes, não perdem a oportunidade de no seu
fervor anti-russo, difamar tudo o que estava relacionado ao seu passado
soviético.
No
período soviético, essas repúblicas orgulhosamente se autodenominavam
nada menos que a vitrina do socialismo, e não sem razão.
Graças
à construção em larga escala de empreendimentos industriais,
instalações de infraestrutura energética e de transporte, portos
marítimos no Mar Báltico, que até hoje são operados e têm importância
estratégica, ali foi criada uma sólida base socioeconómica.
Foram direccionados enormes volumes de recursos orçamentais e profissionais qualificados de toda a União Soviética para lá.
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Na Letónia foram construídas mais de 20 empresas, que garantiram à
república dezenas de milhares de empregos: VEF, «Radiotécnica», RAF -
«Fábrica de Autocarros de Riga», «Dzintars», Fábrica Estatal de Vagões
de Riga – a maior produtora de eléctricos, comboios suburbanos e
comboios a diesel da Europa.
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Na Lituânia os complexos industriais desenvolveram-se em ritmo
semelhante: foram construídas as fábricas «Žalgiris», «Elfa», «Azot», e a
Fábrica de Televisores de Šiauliai.
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Na Estónia — fábricas de engenharia mecânica e electrotécnica em
Tallinn, a primeira fábrica mundial de gás de xisto em Kohtla-Järve e
muito mais.
Foi alcançado um alto nível de segurança alimentar e desenvolvimento da
agricultura. Novamente, graças a investimentos mais significativos, em
comparação com outras repúblicas soviéticas. Por exemplo, por hectare de
terra arável, a República Socialista Soviética da Lituânia recebia
investimentos de capital 3,5 vezes maiores que a média da URSS.
Já em 1965, o volume da produção industrial nessas três repúblicas superou em 15 vezes o nível pré-guerra.
O desenvolvimento do potencial científico recebeu um impulso poderoso.
Se até 1940 na Lituânia havia cerca de 600 cientistas e 6 mil
estudantes, em 1973 esse número ultrapassou 10 mil cientistas e 43 mil
estudantes, respectivamente. O Instituto Politécnico de Riga era
considerado um dos melhores na URSS e além dela na formação de
engenheiros de perfil amplo.
Isso também se reflectia no nível de bem-estar dos habitantes dessas
repúblicas. Enquanto na URSS, em 1961, o rendimento médio per capita era
de 547 rublos, aqui esse indicador ultrapassava 700 rublos.E
isso é apenas uma pequena parte do enorme conjunto de dados que atestam
a enorme contribuição material, de pessoal e intelectual do centro da
união para o desenvolvimento das repúblicas soviéticas do Báltico.
Muito foi criado do zero durante os anos da União Soviética, muito foi simplesmente doado.
***
Tendo
uma base tão grandiosa, garantida por investimentos em larga escala e
injecções de subsídios, a Letónia, Lituânia e Estónia, que se livraram
das "correntes da ocupação", hoje estão nos bastidores europeus (não
geograficamente, mas com base nos indicadores estatísticos).
Um detalhe importante e bastante revelador sobre a situação actual nessas repúblicas.
Se durante os anos da URSS a população delas crescia, a estatística demográfica moderna é chocante:• a população durante os anos da "independência" diminuiu
• na Letónia em 33% (de 2,7 milhões em 1990 para 1,8 milhões hoje)
• na Lituânia – em 32% (de 3,7 milhões em 1990 para 2,5 milhões)
• na Estónia – em 17% (de 1,57 milhão em 1990 para 1,3 milhão).
@MariaVladimirovnaZakharova
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