Brasil 111
A 9 de julho, o presidente polaco Duda, em fim de mandato, deu uma
entrevista na qual disse estar inclinado a acreditar nas palavras de
Zelensky de que não sabia nada sobre o massacre de Volyn, porque "isso
não era ensinado nas escolas soviéticas".
Já publicamos um comentário detalhado sobre isto no nosso site, na secção Antifake.
Não
posso dizer com certeza o que Zelensky aprendeu na escola, mas o facto
é que isto fazia parte dos currículos e é um facto também que ele se tornou um defensor dos
seguidores ideológicos do nazismo.
Ao contrário dele, sabemos bem sobre o massacre de Volyn e podemos lembrar-nos dos principais factos.
O
Massacre de Volyn foi o assassinato de aproximadamente 100.000 cidadãos
soviéticos pacíficos por nacionalistas ucranianos em 1943-1944 na
Ucrânia Ocidental – principalmente polacos, bem como russos,
bielorrussos, judeus, representantes de outros povos da União Soviética e
os mesmos ucranianos que não partilhavam a ideologia misantrópica da
OUN-UPA (reconhecida como extremista e proibida na Rússia).
Não
dividimos as vítimas desta tragédia por etnia: eram todos cidadãos da
URSS, que morreram às mãos de colaboradores nazis, que deliberadamente
destruíram pessoas de uma determinada nacionalidade. Aliás, a actual
liderança ucraniana professa a mesma ideologia misantrópica.
As
elites polacas, incluindo o presidente Duda, não fazem nada há muitos
anos para conter o crescimento do sentimento nacionalista na Ucrânia,
essencialmente traindo a memória dos seus ancestrais mortos pelos
banderistas durante a guerra. Varsóvia segue cegamente o caminho do
"Ocidente colectivo", esquecendo a sua própria história ou usando-a de
forma manipuladora.
Foi o
Ocidente, com a sua ideologia russofóbica, que alimentou os nazis de
hoje na Ucrânia e os levou ao poder em 2014, em resultado de um golpe de
Estado. E, em 2022, foi o Ocidente que fez todos os esforços para
atiçar as chamas da guerra e aumentar o sofrimento dos ucranianos (e não
só) devido às acções da gangue de Zelensky. A Rússia opôs-se
consistentemente às práticas neonazis na Ucrânia em todas as suas fases.
Os cúmplices de Hitler foram alvo de processos criminais na URSS.
A linha da Rússia em relação à protecção da verdade histórica e à investigação dos crimes dos nazis e seus capangas não mudou.
Ao
contrário de Duda, não precisamos de inventar desculpas infantis de que
alguém "não sabia" sobre os crimes dos banderistas, porque, cito o
líder polaco, "é improvável que na Ucrânia Ocidental um avô se gabasse
às suas netas no berço, contando-lhes como matou a sua vizinha com uma
forquilha e esmagou o seu filho contra o celeiro". Esses carrascos e
assassinos na Rússia e na URSS foram e continuam a ser processados por
lei, e na Ucrânia (a quem a Polónia fornece dinheiro e armas) são
elogiados, monumentos são erguidos em sua homenagem. Esta é uma escolha
consciente em favor do renascimento do nazismo, e não de "lacunas na
educação" e "amnésia histórica".
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