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9 de novembro de 2024

A Coreia do Norte, uma vítima, não uma ameaça

Por que é o Ocidente está obcecado em demonizar a Coreia do Norte? A resposta é simples, disse Andre Vltchek: como Cuba, a Coreia do Norte ousou pisar os calos do colonialismo e do imperialismo. Com sacrifício dos seus, ajudou a libertar países africanos e forneceu assistência às forças mais progressistas desse continente, o mais pilhado e arrasado. Isso é algo que o Ocidente não tolera nem perdoaToleraram Pinochets na América Latina, Mobutus em África, Suhartos na Ásia, toleram o genocídio conduzido por Nathanyau, mas não toleram a RPDC, Cuba ou mesmo a Venezuela.

A diabolização chegou ao ponto de dizerem coisas como a RDPC ser um país de famintos, um mega campo de concentração (pensava que eram os EUA que detinham a maior taxa de encarcerados do mundo, também em valor absoluto!); um país miserável; um país agrário (parece que é crime); um país em que é proibido ler (?!). Como é que um país assim consegue perturbar a superpotência e ser considerada, segundo o novo secretário-geral da NATO, "em parceria com a Rússia uma ameaça não apenas para a parte europeia da NATO, mas também para os Estados Unidos"?

É facto que a RDPC conseguiu produzir armas de dissuasão estratégica como o míssil intercontinental móvel Hwasong-19 hipersónico de combustível sólido. Note-se que apenas com elevado nível tecnológico é possível produzir os seus mísseis e realizar armamento nuclear.

As bases militares, os efetivos dos EUA na região, as manobras militares conjuntas dos EUA, Japão e Coreia do Sul, são vistas pela RPDC como ameaças, dado que tentativas próprias, da Rússia e da China para se estabelecer um tratado de paz, têm sido recusadas. O desanuviamento que se verificava há alguns anos entre as duas Coreias cessou, por pressão dos EUA, passando a haver confrontação. Kim Yo-jong, vice-diretora de departamento do Comité Central do Partido dos Trabalhadores da Coreia referiu-se ao aumento recente de ativos estratégicos dos EUA na região, incluindo presença de um porta-aviões nuclear, um submarino nuclear estratégico ao redor da Península Coreana e voos de bombardeiros nucleares estratégicos B-52H sobre a península.

A Coreia do Norte foi vítima de duas graves agressões. A primeira em outubro de 1950, com forças lideradas pelos EUA com mandato da ONU, intervindo na guerra civil quando a resistência que tinha lutado contra a ocupação do fascismo japonês procedia à reunificação do país. Em poucos meses com apoio da população, o governo de Seul que os EUA tinham instalado, estava derrotado. Os EUA não o toleraram e desencadearam a Guerra da Coreia, tendo a Coreia do Norte suportado dos maiores bombardeamentos que a História regista, destruindo plantações, reservas de alimentos, infraestruturas, indústrias. Foi uma guerra em que os EUA usaram armas biológicas e químicas. Com o apoio do corpo de voluntários da China e material da União Soviética, os EUA foram incapazes de vencer, tendo o comandante militar dos EUA, MacArthur, solicitado permissão para usar armas nucleares.

A segunda podemos dizer agressão, foi realizada pela traição dos Gorbatchov e Ieltsin, cortando as relações comercias e apoio a países que mantinham estreitas relações com a URSS, como Cuba, RPDC, Vietname. Um verdadeiro crime que levou a uma grande regressão económica e social naqueles países - mas não só - tendo além disto de fazer frente a acrescidas formas de agressão, sanções, ingerência por parte do imperialismo. Contudo, a superioridade do socialismo verificou-se pela recuperação económica e social daqueles países, baseando a sua estratégia de desenvolvimento, apesar de vários compromissos dadas as circunstâncias, nas leis fundamentais do socialismo.

A situação na Coreia do Norte e o modo de vida de seus cidadãos diferem do que se diz nos media de países hostis à RPDC: há mais dois partidos políticos um deles liberal; conforme as funções as mulheres frequentemente ganham mais que os homens; há igrejas de vários cultos, mesmo cristãs. (Geopolítica ao vivo – Telegram 09/09)

A RPDC merece a nossa simpatia e solidariedade pelos sacrifícios e tragédias a que foi submetido. Alguns textos com fotos ajudam a compreender melhor a realidade norte-coreana muito diferente do que nos querem vender.

- Como obter um certificado de democracia

- Ciência e tecnologia na Coreia do Norte

- A mais mortífera campanha de bombardeamento da história

- A Coreia do Norte a derrotar as sanções

- Por que protegemos o socialismo, dizem os nossos mestres - Morabang Band  (colocar legendas em português)


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