Leituras
1) Do faceboook do jornalista Bruno de Carvalho.
Os governos e
meios ocidentais tentaram meter na gaveta o ódio racial e o
nacionalismo de Alexei Navalny, fazendo dele o líder da oposição russa
apesar de nunca ter liderado a oposição russa, tanto eleitoral como
organicamente. Navalny foi também o homem que apoiou a anexação da
Crimeia por parte da Rússia. Como sempre, há heróis fabricados que nem
sempre correspondem à realidade.
Nota :Por isso a sua mulher foi vaiada pelos ucranianos na Web Sumit para espanto de alguns jornalistas que acreditavam no mito que foram fabricando
2) Do facebook de Rui Pereira via facebook de Emidiio Ribeiro
UM MINUTO QUE SE APROVEITA
Do
interminável desfile de comentadores, especialistas, jornalistas que
procuram explicar o que não compreendem, aproveita-se -que eu tenha
testemunhado- um único minuto de lucidez. Foi trazido à CNN por Catarina
Carvalho que, contando a história de como a terra que acolheu nos EUA a
sua família açoriana, observou: “Pela primeira vez Fall River virou à
direita. Ou seja, não foi à direita porque tudo é direita. Pela primeira
vez votou Republicano…” (ver: entre as 23H41 e as 23H42 https://cnnportugal.iol.pt/ videos/cnn-prime-time-6-de- novembro-de-2024/ 672c058f0cf2f130c2998e26).
Catarina
Carvalho (que não conheço) já emergira da palha vulgar, ao produzir a
única antevisão acertada sobre o resultado eleitoral, que seria menos
renhido do que poderia supor-se porque, afirmou com segurança, “quem
quer que ganhe, ganhará por uma margem grande”. E assim foi. Afigura-se
sensato supor que este é um pensamento conhecedor de uma pessoa que,
sobre este assunto, parece saber o que diz. A pergunta que se coloca é
então porque parecem tantas e tantas outras não o saber?
Creio
que a coisa se explica entre outros motivos pelo velho hábito do
achismo indisputado que constitui a força da gravidade agregadora destas
legiões de pessoal político-mediático, somado ao conhecimento
superficial dos assuntos em torno dos quais esse achismo se conjuga.
Esse é um elemento. Lapsos de ignorância elementar ou intencional e/ou o
comodismo do poder de se encontrarem no “inner circle” da “unanimidade
de preconceitos” que constitui a “respeitabilidade ideológica” (Michael
Parenti) e, por isso poderem afirmar o que quer que lhes passe pela
superficialidade dos seus raciocínios, serão outros dos ingredientes
deste milagre da rarefação dos pães intelectuais.
Ora,
já em 1911, editado pela Antígona em Portugal em 2001, Robert Michels
escrevia em Para Uma Sociologia dos Partidos Políticos (entre pp. 30 e
33) sobre coisas como a que chamava “a lei de bronze da oligarquia”
fechada sobre si mesma, e reinando sem o mínimo pundonor acima do comum
dos mortais. E, em modos radicais e irónicos, acrescentava que, para
ela, a “democracia deverá ser afastada por meios democráticos, por
intermédio da vontade popular” momentos em que estas oligarquias, sem
excepção, são obrigadas “a descer dos seus assentos senhoriais […] e a
lançar mão dos […] meios democráticos e demagógicos”. Ao penetrarem
nessa “região da névoa democrática” o seu discurso “necessita de se
disfarçar com uma roupagem amplamente rodada e ornada de pregas
democráticas”. Nisso consiste genericamente o entendimento que fazem dos
períodos eleitorais.
Como as eleições de 5 de
novembro de 2024 nos EUA demonstram, a modernização e pós-modernização
das oligarquias (Governo dos poucos) não as transforma em democráticas
nem a sua liberalização em democracia (o “governo dos pobres”, como a
definiu Aristóteles, pois o radical da democracia não é a liberdade
tout-court, mas apenas aquela que resulte da igualdade).
A
força da multiplicação repetitiva do que dizem pelos avanços na
reprodução técnica de um discurso arrogantemente solitário, também ajuda
à festa. O poder de intoxicação torna-se um poder de autointoxicação.
Estas pessoas estão, bizarra mas explicavelmente, convencidas de que é
de facto democrático o regime de oligarquia liberal em cujos
compartimentos de comando se encontram e a que chamam democracia.
Vejam-se estes fragmentos de resultados em zonas de grande implantação
não dos hiperbilionários trumpeanos, mas dos grandes milionários e
figuras públicas apoiantes do Partido Democrata: Washington (polo da
mais afortunada burocracia sistémica): Kamala 92% Trump 7%; Manhattan
(polo da mais afortunada oligarquia intelectual sistémica): Kamala 82%
Trump 14% ; Los Angeles (polo da indústria de ídolos da mais afortunada
oligarquia do entretenimento sistémico): Kamala 64% Trump 33%.
Emblemáticos
da fratura entre o povo de governantes que é e o governo do povo que
devia ser, estes três “loci” exprimem bem a distorção oligárquica do
sistema político engendrado pelo elitismo de simbiose entre os chamados
“liberais” (nos EUA) ou “socialistas” (na Europa) e os chamados
“conservadores” que forjou a devastadora revolução reacionária do
projeto dito “neoliberal” através da qual os primeiros se deixaram
alegremente engolir pelos segundos, até se tornarem indistintos (“tudo é
direita", como afirmava Catarina Carvalho) .
De
fora de tudo isto ficou e fica, como hipostasia, aquilo a que ouvimos
chamar “o povo”. Bernie Sanders (o proscrito senador democrata apodado,
no mínimo, de “comunista”) explicou-o em poucas palavras: “o Partido
Democrata virou as costas aos trabalhadores e os trabalhadores viraram
as costas ao Partido Democrata”. Conduzindo políticas externas
belicistas, andando na brincadeira com problemas segmentares que elevam à
condição de tragédias existenciais para exercerem o seu poder,
disfarçarem o seu verdadeiro programa e entreterem o seu tédio, o bronze
em que estas oligarquias politicamente dissolutas submergiram, fá-las
parecer marcianos inventados em fitas de Hollywood no grande espectáculo
televisivo em que começaram, de início, por transformar a mais séria
das coisas, a política, para se convencerem, por fim, de que ela é mesmo
assim
1 comentário:
A esquerdalha&direitalha europeias: a nova inquisição
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Os activistas de esquerda ucranianos tiveram que fugir do país: os Proxys ucranianos, (ao serviço da inquisição europeia: esquerdalha&direitalha), ou os colocavam na prisão ou os matavam (em Odessa, 2 de maio de 2014, foram queimados vivos).
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Nota: os activistas de esquerda ucranianos afirmavam o óbvio: «os russófonos, das regiões russas que os sovietes integraram na Ucrânia, devem possuir a liberdade de decidir se querem a sua autonomia... ou não».
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P.S.
O PLANO "NOVE EM CADA DEZ":
--->>> nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam: armas da NATO na Ucrânia... juntamente com... sanções económicas à Russia, e... a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990.
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-> Merkel e Holland vangloriaram-se da sua esperteza Sun Tsu: "os acordos de '''paz''' Minsk1 e Minsk2 foram um golpe de esperteza Sun Tsu que enganou os parvos dos russos".
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P.S.2.
À PROCURA DE UM BELO QUINHÃO EM PILHAGEM
-> Os Proxys ucranianos foram à procura de um belo quinhão em pilhagem (o plano «nove em cada dez» prometia isso): a começar... pelos 300 mil milhões de activos russos que estão no Ocidente: Zelensky reivindicou que esses 300 mil milhões deveriam ser entregues à sua equipa de gestão.
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P.S.3.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sessão plenária do XXI Fórum Internacional de Discussão Valdai, na cidade russa de Sochi, afirmou: «a Europa não tem cérebro».
--->>> Não, não, não, a questão é outra: OS EUROPEUS ESTÃO EM ESTADO DE CHOQUE: 500 anos de roubos/pilhagens na impunidade estão a chegar ao fim!
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