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12 de novembro de 2024

Mulher de Navalny vaiada

Leituras

1) Do faceboook do jornalista Bruno de Carvalho.

Os governos e meios ocidentais tentaram meter na gaveta o ódio racial e o nacionalismo de Alexei Navalny, fazendo dele o líder da oposição russa apesar de nunca ter liderado a oposição russa, tanto eleitoral como organicamente. Navalny foi também o homem que apoiou a anexação da Crimeia por parte da Rússia. Como sempre, há heróis fabricados que nem sempre correspondem à realidade.
Nota :Por isso a sua mulher foi vaiada pelos ucranianos na Web Sumit para espanto de alguns jornalistas que acreditavam no mito que foram fabricando
 2) Do facebook de Rui Pereira  via facebook de Emidiio Ribeiro
UM MINUTO QUE SE APROVEITA

Do interminável desfile de comentadores, especialistas, jornalistas que procuram explicar o que não compreendem, aproveita-se -que eu tenha testemunhado- um único minuto de lucidez. Foi trazido à CNN por Catarina Carvalho que, contando a história de como a terra que acolheu nos EUA a sua família açoriana, observou: “Pela primeira vez Fall River virou à direita. Ou seja, não foi à direita porque tudo é direita. Pela primeira vez votou Republicano…” (ver: entre as 23H41 e as 23H42 https://cnnportugal.iol.pt/videos/cnn-prime-time-6-de-novembro-de-2024/672c058f0cf2f130c2998e26).
Catarina Carvalho (que não conheço) já emergira da palha vulgar, ao produzir a única antevisão acertada sobre o resultado eleitoral, que seria menos renhido do que poderia supor-se porque, afirmou com segurança, “quem quer que ganhe, ganhará por uma margem grande”. E assim foi. Afigura-se sensato supor que este é um pensamento conhecedor de uma pessoa que, sobre este assunto, parece saber o que diz.  A pergunta que se coloca é então porque parecem tantas e tantas outras não o saber? 
Creio que a coisa se explica entre outros motivos pelo velho hábito do achismo indisputado que constitui a força da gravidade agregadora destas legiões de pessoal político-mediático, somado ao conhecimento superficial dos assuntos em torno dos quais esse achismo se conjuga. Esse é um elemento. Lapsos de ignorância elementar ou intencional e/ou o comodismo do poder de se encontrarem no “inner circle” da “unanimidade de preconceitos” que constitui a “respeitabilidade ideológica” (Michael Parenti) e, por isso poderem afirmar o que quer que lhes passe pela superficialidade dos seus raciocínios, serão outros dos ingredientes deste milagre da rarefação dos pães intelectuais. 
Ora, já em 1911, editado pela Antígona em Portugal em 2001, Robert Michels escrevia em Para Uma Sociologia dos Partidos Políticos (entre pp. 30 e 33) sobre coisas como a que chamava “a lei de bronze da oligarquia” fechada sobre si mesma, e reinando sem o mínimo pundonor acima do comum dos mortais. E, em modos radicais e irónicos, acrescentava que, para ela, a “democracia deverá ser afastada por meios democráticos, por intermédio da vontade popular” momentos em que estas oligarquias, sem excepção, são obrigadas “a descer dos seus assentos senhoriais […] e a lançar mão dos […] meios democráticos e demagógicos”. Ao penetrarem nessa “região da névoa democrática” o seu discurso “necessita de se disfarçar com uma roupagem amplamente rodada e ornada de pregas democráticas”. Nisso consiste genericamente o entendimento que fazem dos períodos eleitorais.
Como as eleições de 5 de novembro de 2024 nos EUA demonstram, a modernização e pós-modernização das oligarquias (Governo dos poucos) não as transforma em democráticas nem a sua liberalização em democracia (o “governo dos pobres”, como a definiu Aristóteles, pois o radical da democracia não é a liberdade tout-court, mas apenas aquela que resulte da igualdade).
A força da multiplicação repetitiva do que dizem pelos avanços na reprodução técnica de um discurso arrogantemente solitário, também ajuda à festa. O poder de intoxicação torna-se um poder de autointoxicação. Estas pessoas estão, bizarra mas explicavelmente, convencidas de que é de facto democrático o regime de oligarquia liberal em cujos compartimentos de comando se encontram e a que chamam democracia. Vejam-se estes fragmentos de resultados em zonas de grande implantação não dos hiperbilionários trumpeanos, mas dos grandes milionários e figuras públicas apoiantes do Partido Democrata: Washington (polo da mais afortunada burocracia sistémica): Kamala 92% Trump 7%; Manhattan (polo da mais afortunada oligarquia intelectual sistémica): Kamala 82% Trump 14% ; Los Angeles (polo da indústria de ídolos da mais afortunada oligarquia do entretenimento sistémico): Kamala 64% Trump 33%.
Emblemáticos da fratura entre o povo de governantes que é e o governo do povo que devia ser, estes três “loci” exprimem bem a distorção oligárquica do sistema político engendrado pelo elitismo de simbiose entre os chamados “liberais” (nos EUA) ou “socialistas” (na Europa) e os chamados “conservadores” que forjou a devastadora revolução reacionária do projeto dito “neoliberal” através da qual os primeiros se deixaram alegremente engolir pelos segundos, até se tornarem indistintos (“tudo é direita", como afirmava Catarina Carvalho) . 
De fora de tudo isto ficou e fica, como hipostasia, aquilo a que ouvimos chamar “o povo”. Bernie Sanders (o proscrito senador democrata apodado, no mínimo, de “comunista”) explicou-o em poucas palavras: “o Partido Democrata virou as costas aos trabalhadores e os trabalhadores viraram as costas ao Partido Democrata”. Conduzindo políticas externas belicistas, andando na brincadeira com problemas segmentares que elevam à condição de tragédias existenciais para exercerem o seu poder, disfarçarem o seu verdadeiro programa e entreterem o seu tédio, o bronze em que estas oligarquias politicamente dissolutas submergiram, fá-las parecer marcianos inventados em fitas de Hollywood no grande espectáculo televisivo em que começaram, de início, por transformar a mais séria das coisas, a política, para se convencerem, por fim, de que ela é mesmo assim

1 comentário:

mensagensnanett disse...

A esquerdalha&direitalha europeias: a nova inquisição
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Os activistas de esquerda ucranianos tiveram que fugir do país: os Proxys ucranianos, (ao serviço da inquisição europeia: esquerdalha&direitalha), ou os colocavam na prisão ou os matavam (em Odessa, 2 de maio de 2014, foram queimados vivos).
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Nota: os activistas de esquerda ucranianos afirmavam o óbvio: «os russófonos, das regiões russas  que os sovietes integraram na Ucrânia, devem possuir a liberdade de decidir se querem a sua autonomia... ou não».
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P.S.
O PLANO "NOVE EM CADA DEZ":
--->>> nove, em cada dez, dos mais variados analistas ocidentais garantiam: armas da NATO na Ucrânia... juntamente com... sanções económicas à Russia, e... a Russia seria conduzida ao caos: tal seria uma oportunidade de ouro: iria proporcionar um saque de riquezas da Russia muito muito superior ao saque de riquezas que ocorreu no 'caos-Ieltsin' na década de 1990.
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-> Merkel e Holland vangloriaram-se da sua esperteza Sun Tsu: "os acordos de '''paz''' Minsk1 e Minsk2 foram um golpe de esperteza Sun Tsu que enganou os parvos dos russos".
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P.S.2.
À PROCURA DE UM BELO QUINHÃO EM PILHAGEM
-> Os Proxys ucranianos foram à procura de um belo quinhão em pilhagem (o plano «nove em cada dez» prometia isso): a começar... pelos 300 mil milhões de activos russos que estão no Ocidente: Zelensky reivindicou que esses 300 mil milhões deveriam ser entregues à sua equipa de gestão.
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P.S.3.
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, na sessão plenária do XXI Fórum Internacional de Discussão Valdai, na cidade russa de Sochi, afirmou: «a Europa não tem cérebro».
--->>> Não, não, não, a questão é outra: OS EUROPEUS ESTÃO EM ESTADO DE CHOQUE: 500 anos de roubos/pilhagens na impunidade estão a chegar ao fim!