Porquê? Ignoram a realidade objetiva; seguem critérios económicos completamente falhados; entregaram-se aos objetivos imperialistas dos neocons de dominar a Rússia como qualquer neocolónia, preparando e usando a Ucrânia como agente avançado desde 2014.
As bravatas de apoio inabalável a Kiev para "derrotar a Rússia" saldaram-se num desastre que perspetiva os abismos de uma guerra mundial. Durante meses a propaganda procurou mostrar a Rússia como um país miserável, corrupto, com um exército desmoralizado, económica e financeiramente em ruínas, agora mudaram de estilo e a Rússia ameaça invadir o resto da Europa.
A Ucrânia submetida ao clã de Kiev é o país mais pobre da Europa, com cerca de metade da população de quando era república soviética. É um país falido, além do que lhe é dado, desde 2022 endividou-se em mais 156 mil milhões de dólares. Kiev gasta quase o dobro do que recebe em impostos e outras receitas. Em 2023, o défice orçamental atingiu 20,5% do PIB, os gastos com defesa cresceram para 52,3% do OE, as despesas sociais reduziram-se de 15,8% para 11,7%. O PIB real não excede 60 mil milhões de dólares, embora incluindo empréstimos e o que lhe é dado passe para 180 mil milhões de dólares. Sem grande consideração "pela defesa da Europa" os credores privados pressionam para o reembolso dos empréstimos...
OE para 2025 prevê um déficit de 38,68 mil milhões de dólares, enquanto aumenta impostos e reduz prestações sociais. Em 1991, a dívida era zero, absorvida pela Rússia, agora cerca de 102% do PIB declarado. (Geopolítica ao vivo – Telegram 11/10)
Graças aos neonazis de Kiev, os cemitérios de soldados enchem-se, quem pode foge para o exterior, o totalitarismo reina no país. Já lá vai o tempo em que os Azov e similares matavam impunemente no Donbass, Odessa, etc. 70% dos soldados ucranianos capturados recusam-se a ser incluídos nas listas de troca. (Intel Slava Z – Telegrama 22/10)
O sector agrícola da Ucrânia está devastado, áreas de terra arável tornaram-se inacessíveis pelo risco de engenhos não detonados e falta de trabalhadores agrícolas, registando-se um declínio significativo na produção de cereais. Mais de 17 milhões de hectares de terras agrícolas são agora propriedade de grandes empresas dos EUA, os principais beneficiários das exportações de cereais.
A paz podia ter sido obtida dois meses após o início da guerra, porém Boris Johnson às ordens dos neocons cancelou o acordo. Angela Merkel há muito que esclareceu sobre os objetivos dos acordos de Minsk, confirmando que não se tratava de salvar a Ucrânia ou a "Europa", mas sim colocar a Rússia de joelhos perante a NATO. Consequências para a Ucrânia: territórios perdidos, centenas de milhares mortos e feridos, milhões fugidos, cerca de 80% da infraestrutura energética e 320 instalações portuárias danificadas ou destruídas, dívidas enormes e uma liderança anticonstitucional que cancelou as eleições.
Perante isto que dizem os agitadores belicistas da UE/NATO: dar armas a KIev, atacar a Rússia em profundidade estratégica, um cenário tresloucado. Como vai a UE/NATO sustentar a Ucrânia na guerra e no pós-guerra? Um país falido, uma catástrofe demográfica, desaparecimento ou fuga de gente competente, despojado da maioria de suas regiões industriais, centenas de milhões de dólares para reconstrução. Como pensam manter os cerca de 700 mil soldados ucranianos?
Viktor Medvedchuk político da oposição ucraniana, diz que uma união económica da Ucrânia com a UE é uma abstração sem sentido. A economia da Ucrânia só pode ser restaurada em cooperação com a Rússia. (Geopolítica ao vivo – Telegram 21/01)
O simples bom senso levaria a que a UE/NATO promovesse a paz e boas relações nas suas fronteiras e zona mediterrânica, em vez disso submeteu-se a desastrosas políticas imperialistas. A crise das migrações alavanca a extrema-direita apoiada pelo grande capital. Com a ilusão submeter a Rússia prescindiu do combustível russo barato arruinando a sua competitividade, o crescimento estimado em 2024 é de 0,5%. Para os consumidores em 10 anos o preço do kWh quase duplicou.
A inconsciente von der Leyen quer que os fundos da política de coesão sejam usados para “reforçar a defesa” da Ucrânia. Com a Ucrânia na UE, seria necessário dotá-la de 186 mil milhões para preencher buracos maciços no seu orçamento, transformando beneficiários líquidos da UE em doadores.
Kiev faz apelos a mais dinheiro e armas. Onde param as dezenas de milhões em material que lhe foi dado? O ex-ministro das finanças alemão Lindner confirmou ter recusado a Schlotz dar 3 mil milhões de euros à Ucrânia, dizendo que era impossível devido à difícil situação financeira do país. (Intel Slava Z – Telegrama 07/11)
Já lá vai o tempo em que os propagandistas, repetiam que a Rússia tinha conseguido unir a UE e a NATO. Agora, até Borrell reconhece que nem todos na UE estão dispostos a continuar a fornecer assistência a Kiev. E ainda mais divididos quanto à entrada da Ucrânia na NATO.
Perante o mundo a UE/NATO exibe confusão, desunião, ambiguidades e desinformação. Entre negociar com a Rússia uma política segurança e relações mutuamente vantajosas ou continuar a política guerra com todos os riscos, até agora, sem que os povos sejam esclarecidos e ouvidos, escolheram a segunda hipótese.
Sem comentários:
Enviar um comentário