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22 de junho de 2023

Os mesmos de ontem . os mesmos de hoje sobre a guerra da Ucrânia

*  “O Iraque tem armas de destruição maciça, biológicas e químicas, e pode estar na iminência de possuir armas nucleares”.

  • Durão Barroso, então primeiro-ministro, na  Assembleia da republica, 20/9/2002.

*  “Quantos milhões de europeus estão dispostos a morrer em consequência do antraz que Saddam tem? Ou por envenenamento das águas como os curdos? Ou por um ataque como o do 11 de Setembro nos EUA? Ou a verem os seus filhos serem mortos quando vão a caminho da escola, porque um suicida que os acha infiéis se lhes atravessou no caminho?”. .*Helena Matos, Público, 12/2/2003.  

*  “Julguei a intervenção anglo-americana justificada pelo legítimo interesse do Ocidente em garantir a segurança própria e global, bem como o acesso aos recursos energéticos que sustentam a sua civilização e que seria pura irresponsabilidade deixar entregues a inimigo. (...) [O descalabro da ocupação] levanta dúvidas arrasadoras sobre a competência com que os americanos planearam o pós-guerra. O lúgubre espetáculo a que todos os dias assistimos é quanto basta para condenar a sua irresponsável imprevidência”.Fátima Bonifácio, Público, 8/12/2003.

Passearei nu pelo Rossio, se não forem encontradas armas de destruição maciça.* Vasco Rato no primeiro dia da guerra, quando se dirigia à audiência de um colóquio da revista História na Hemeroteca de Lisboa (20/3/2003). 

*  "Claro que pessoas que embarcaram nisto, como Pacheco Pereira, podem sempre usar o eterno argumento do "não sabíamos". Não sabiam que para justificar a "casus belli", Bush e Blair chegaram ao despudor de fabricar supostas provas de que Saddam apoiava a Al-Qaeda e escondia um poderoso arsenal de armas de destruição maciça... Bem, alguns não saberiam, outros talvez: Durão Barroso jurou ter visto "provas" das armas de Saddam, mas a prova de que não viu provas é que as armas não existiam - logo, ou se deixou enganar como um papalvo ou mentiu quando disse isso. Mas Pacheco Pereira deixou-se enganar porquê? Porque quis. Talvez por americanismo primário militante.

Miguel Sousa Tavares   Reescrevendo a história Expresso 31 de Março de 2008


*  Debate com a participação dos convidados Nuno Rogeiro, comentador de Política Internacional, General Loureiro dos Santos, antigo Ministro da Defesa e Chefe do Estado Maior do Exército, Francisco Sarsfield Cabral, ex-representante da Comissão Europeia em Lisboa, e Nuno Severiano Teixeira, antigo Diretor do Instituto de Defesa Nacional e professor da Universidade Nova de Lisboa.

https://arquivos.rtp.pt/conteudos/iraque-a-hora-da-decisao-parte-i/


* No Coração do Atlântico

15 de Março; assinado por José Manuel Fernandes

Analisa a Cimeira das Lajes, na qual o presidente dos EUA e os primeiros-ministros de

Portugal, Inglaterra e Espanha, iriam debater a crise iraquiana, à luz de quatro linhas

argumentativas: 1) apresentação da Cimeira como um último esforço para obter a maioria no

CS da ONU que aprove uma segunda resolução que legitime a guerra; 2) defesa das posições

dos países pró-guerra, nomeadamente a do Governo português; 3) desqualificação das

posições dos países anti-guerra, nomeadamente a da França, pelo seu anunciado veto,

apresentando-a como “intransigente” e 4) imputação ao líder iraquiano a responsabilidade pela

guerra, por não se afastar voluntariamente do poder. Susana Borges http://fabricadesites.fcsh.unl.pt/polocicdigital/wp-content/uploads/sites/8/2017/04/13artigo7.pdf


 *Não será aos defensores da guerra que têm de ser pedidas umas quantas explicações? José Manuel Fernandes, Luís Delgado, Vasco Graça Moura, Azevedo e Silva, Ribeiro Ferreira, Nuno Rogeiro e demais entusiastas da política Bush, expliquem lá: mas, afinal, onde é que estão as armas de destruição maciça? E onde é que estão as provas das cumplicidades terroristas do Iraque? Que nos dizem do organizado saque de Bagdad, vigiado à distância por marines? Consideram cinco mil mortos civis (mais que os militares) «efeitos colaterais aceitáveis»? E então ignoravam que a decisão de fazer a guerra estava tomada há mais de um ano? E claro que, depois do que se viu, continuam a achar que só anti-americanismo justifica chamar objectivo essencial ao saque do petróleo iraquiano? Aguarda-se com interesse as vossas informações sobre o perigo sírio. Rúben de Carvalho DN 19 de Abril de 2003

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