1) " A inflação continua a roer o poder de compra e os salários dia à dia . A factura da guerra da Ucrãnia é cada vez mais pesada e a sua maior parcela recai como sempre sobre os trabalhadores As grandes empresas continuam a tirar partido da situação. Até a OCDE nos diz que 50% da inflação tem origem nos lucros especulativos...É ver a taxa de crescimento dos lucros e a taxa de crescimento dos salários e comparar também com a taxa de inflação... Esta semana o jornal franês Les Echos noticiava que na França , Alemanha , Bélgica ... os produtores de produtos Bio têm tido uma quebra nas compras que tem sido brutal devido à perda de poder de compra e que a falência de produtores vai levar a um recuo irreversível na produção...
2) As contradições e a hipocrisia europeia são evidentes . Segundo as Ultimas estatísticas a Europa comprou à mais 40% de gás à Rússia do que no ano passado em igual período de tempo :
O que diz a isto o Inteligente Borrel e a Ursula Leyen das vacinas Pfizer ?
3) Os chips da Huawei demonstram os perigos do protecionismo tecnológico
Há apenas alguns meses, argumentei que o novo proteccionismo económico que os EUA estão a pressionar iria ter reacções :
Na semana passada, a Secretária do Tesouro, Janet L. Yellen, fez um discurso sobre as relações económicas EUA-China. Chamei a isso de declaração de guerra.
Ontem, o Conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan, fez um discurso sobre “Renovação da Liderança Económica Americana”, que abordou alguns dos mesmos temas do discurso de Yellen.
Sullivan argumenta que os EUA devem mudar de rumo, passando da abertura dos mercados e da liberalização para um proteccionismo direccionado e subsídios para sectores específicos. O principal argumento a favor é a “segurança nacional”, mas o verdadeiro objectivo parece ser a supressão da concorrência de outros.
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Todo o discurso de Sullivan contrariando a retórica neo liberal é um argumento contra os mercados livres e a favor do protecionismo e dos subsídios sectoriais. Acaba com o quadro económico que os EUA construíram após o fim da Segunda Guerra Mundial. Isto deverá ser substituído por acordos bilaterais e em blocos que sejam vantajosos para os EUA, em desvantagem para os seus “parceiros” e que excluem a China e outras economias “hostis”.A chamada “dissociação” ou “eliminação de riscos” da China é na verdade uma tentativa de isolá-la. Cria uma dinâmica que levará à substituição de importações na China.
Isto reduzirá as exportações dos EUA e dos seus aliados para a China. Todo o esquema acabará por funcionar em benefício da China.
Há três anos, os EUA proibiram empresas nacionais e estrangeiras do fornecimento de chips 5G à Huawei. Assim, um marco na substituição de importações foi revelado ontem, quando a Huawei anunciou um novo telefone 5G com chips de fabricação chinesa :
Cont. lendo: Chips Huawei demonstram os perigos do protecionismo tecnológico
"Nota :
Dado que a China está a formar mais engenheiros e investigadores do que os EUA e a Europa juntos, acabará por assumir a liderança tecnológica em muitos domínios.
O problema dos EUA fechar os seus mercados às importações chinesas é que a China simplesmente venderá noutros lugares: há muito mais países que precisam dessas importações do que países que podem fabricá-las Depois o mercado asiático está em expansão e a China em cada vez mais domínios produz melhor e mais barato . Mas em vez da cooperação mutuamente vantajosa os EUA querem manter os seus privilégios , e o pior é que arrastam para o abismo a Europa " G.C.
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