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20 de setembro de 2023

O fracasso histórico do imperialismo e a sua histeria

 

Perante o fracasso dos seus objetivos, a propaganda do ocidente faz lembrar cada vez mais a do Reich nazi nos seus últimos tempos. Tal como então, iludir a opinião publica é o recurso para tentarem salvar-se mantendo o poder. A Rússia desde há ano e meio, mês sim mês não está derrotada, ao mesmo tempo que – sem temerem contradição – vão apregoando “armas que vão fazer a diferença.” Faz lembrar as V2 nazis que iam os levariam à vitória.

Como refere um texto em Strategic Culture, “A histeria ocidental não pode esconder o fracasso histórico do imperialismo ocidental e a sua criminalidade.Os media ocidentais tornaram-se uma paródia de informações incorretas, desinformação e propaganda imperialista descarada. Ninguém em sã consciência pode leva-los a sério. Um exemplo recente dos seus enganos e distorções foi a cobertura histérica do encontro entre o Vladimir Putin e Kim Jong Un. Em vez de admitir a verdade histórica e as realidades sobre a natureza nefasta do imperialismo ocidental liderado pelos EUA, os media ocidentais preferiram concentrar-se na “salada de pato” supostamente consumida por Putin e Kim, e no comboio do líder norte-coreano.

Não há nada de sinistro em nações vizinhas aproximarem-se para desenvolver relações fraternas para o benefício de ambas as nações. O espírito pelo qual Putin e Kim se abraçaram é totalmente consistente com o surgimento da nova ordem mundial multipolar.

Presenciámos recentemente um terrível desastre humano na Líbia devido a inundações provocadas por tempestades. Teme-se que até 20 000 pessoas tenham morrido. Nenhum dos media, mesmo remotamente, fez a conexão de que esse horror foi possível porque o país foi destruído e se transformou num Estado fracassado pelo criminoso ataque militar em 2011 pela NATO. Dada esta negação pelos media da causa subjacente à ruína da Líbia, pode-se razoavelmente descartar sua credibilidade e presunção moral para discutir quaisquer outros eventos mundiais. Sua função é enganar, não informar.

Os media ocidentais há muito tempo perderam qualquer credibilidade. Suas narrativas tornaram-se vergonhosamente desacreditadas. Qualquer coisa sobre a qual se pronunciem deve ser tomada como risível, se não com total desprezo. Nesta nova realidade, a noção de domínio hegemónico dos EUA e de seus parceiros está rapidamente tornando-se redundante, na verdade, repugnante. A imposição arrogante e brutal de sanções unilaterais pelas potências ocidentais é cada vez mais vista como um criminoso vestígio de uma era de privilégios neocoloniais.

O aspeto verdadeiramente sinistro sobre a cúpula Putin-Kim é a flagrante ausência de qualquer reconhecimento pelos media de que a RPDC tem sido submetida durante décadas a uma guerra económica e implacável agressão militar dos Estados Unidos a partir de “jogos de guerra” anuais que ensaiam “ataques de decapitação” e uma invasão da Coreia do Norte. Os EUA continuam a recusar-se a fazer um acordo de paz formal com a RPDC, mesmo depois de 70 anos do fim da Guerra da Coreia em 1953, durante a qual em bombardeamentos aéreos genocidas mataram até três milhões de civis.

Acerca da história de que a Rússia procura desesperadamente armas da Coreia do Norte, foi ignorado que o New York Times eliminou completamente essa especulação com um relatório alegando que a Rússia é mais do que autossuficiente em artilharia e produção de armas.

Mantêm-se a absurda mentira de que as potências ocidentais estão “a defender a democracia” na Ucrânia, apesar dos factos bem documentados sobre a corrupção desenfreada do regime de Kiev, repressão, mobilizações forçadas e grupos nazis.

Parte desta negação e encobrimento implica o ocidente recorrer ao velho jogo de criar histórias de papões para encurralar o público atrás de líderes falidos. Narrativas que não funcionam mais, porque os media ocidentais são vistos sem credibilidade, expostos repetidamente em vigarices e na sua apologética por intermináveis guerras criminosas. Outra razão para a impotência narrativa é a visível falência moral dos líderes políticos ocidentais. Como alguém pode levar a sério esses charlatães da elite? Biden, Sunak, Scholz, Macron, Trudeau, Von Der Leyen, Borrell, só para citar alguns.

Noutro tempo, a realidade poderia ser desviada com histórias sobre inimigos estrangeiros, “comunistas, vermelhos” e assim por diante. Agora, os esforços dos media para distorcer e fantasiar, não podem esconder a realidade da corrupção, o fracasso do ocidente e a necessidade há muito esperada de justiça e responsabilidade pelos múltiplos crimes do imperialismo ocidental.

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