A
gaiola das loucas é uma peça teatral de Jean Poiret. Deu origem a
filmes, musicais, incluindo um de Filipe la Féria. A ação passa-se
num cabaré de travestis. Um travesti é um indivíduo que se exibe
como de outro sexo, mas incapaz de desempenhar as funções
específicas desse sexo. É o que se passa na UE.
Eles
podem mascarar-se de ministros, primeiros-ministros, presidentes da
república, não desempenham essas funções nem o que prometeram
quando eleitos e ao ser investidos, são apenas factótuns,
ocupando-se de proteger os interesses e tarefas de outros, seja do
imperialismo, seja da oligarquia financeira e oligopolista.
Consta
que Macron (como se não tivesse nada que fazer em casa) e a van der
Leyen vão a Pequim (foram mandados…). Que vão lá fazer? Ameaças
de sanções se… com a Rússia ou Taiwan? Ridículos. Vão
ser recebidos por XI – se forem – como travestis que são. A
Ursula Leyen andou há uns meses por países asiáticos a conspirar
contra a China, tal como o travesti Stolenberg. Na UE/NATO dizem que
os interesses e segurança da “Europa” vão até ao mar da China.
Como é que isto se concilia com os interesses dos outros povos não
importa. Tanto como os dos próprios povos europeus.
Outro
travesti de mau gosto é Christine Lagarde. A sua atuação revela
insanidade: insiste nas mesmas medidas esperando que deem resultados
diferentes, enquanto vai dizendo, face à revolta popular da Alemanha
(sim, das greves do funcionalismo público na Alemanha) até
Portugal, que os governos se devem abster de subsídios às empresas
e famílias: primeiro os credores. Mas ninguém lhe liga, nem
pergunta pelos famosos (famigerados!) critérios de Maastricht,
enquanto ela se dedica a destruir o que resta da economia da UE...
Em
O
anunciado fim da hegemonia ocidental Djamel
Labidi expõe diversos aspetos da realidade para onde a “democracia
liberal” nos arrastou: Em
poucos meses, desde o início da guerra na Ucrânia, o mundo mudou. É
certo que as mudanças se acumularam lentamente, antes de aparecerem
de uma só vez, sob os golpes dados pela Rússia à velha ordem
mundial e à hegemonia ocidental. Aconteça o que acontecer, quer concordemos ou discordemos da ação da Rússia na Ucrânia, o mundo nunca mais será o mesmo. Todos os lados concordam em reconhecer isso, tanto no ocidente, bem como no resto do mundo.
Graças
à guerra na Ucrânia, os povos do mundo descobrem que o
Ocidente está, militarmente, nu.
Ele não tem armas suficientes para dar ao regime ucraniano. Não tem
estoques de munições para se opor a uma Rússia com uma poderosa
indústria de guerra e que produz maciçamente essas munições, bem
como uma ampla variedade de armamentos.
O
declínio da hegemonia económica.
Economicamente, a China compete com os Estados Unidos pelo primeiro
lugar na economia mundial. Se estimarmos seu PIB em dólares
nominais, a China ainda é a segunda, mas se a avaliarmos em paridade
de poder de compra (PPC), já está muito à frente dos Estados
Unidos.
Um
sinal óbvio do declínio da hegemonia ocidental é a degradação
da ética da informação em muitos meios de comunicação
ocidentais. A evolução havia começado em décadas anteriores, ao
mesmo tempo em que os Estados Unidos afirmavam sua dominação
indivisa sobre o mundo. Com o conflito ucraniano, piorou
terrivelmente. Informação nada mais é do que propaganda. E
propaganda brutal, grosseira, caricatural, sem nuances e, acima de
tudo, terrivelmente agressiva.
Os
piores horrores são ditos sobre a Rússia, sem freios. Os
jornalistas falarão impavidamente de 200 000 a 700 000 crianças
ucranianas deportadas para a Rússia, de crianças de "quatro
anos" estupradas. (1)
A
única coisa que não foi dita (ainda?) é que os russos são...
canibais.