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18 de março de 2023

Os Fantoches

 A fantochada do Tribunal Penal Internacional.

Em histeria , mais uma vez, o Pivot do telejornal da RTP anuncia que o  Tribunal Penal Internacional emitiu um mandato de captura contra Putin - 

O Pivot pergunta ao  correspondente  em Moscovo como estava a ser encarada a  decisão do tribunal pela população . A população ri-se  de tal decisão , Um balde de agua fria para o" Orelhas"

Mas não foi só a RTP que rejubilou,

Mandado contra Putin é primeiro passo contra impunidade, diz Human Rights Watch a ciatica organização muito citada pelo Público e pelo Expresso do Balsemão Bildeberg

. Zelensky: Mandado de captura de Putin é decisão "histórica"

TPIJ é um tribunal politico criado   por pressão dos EUA mas que não o reconhece e que exerce uma justiça parcial e seletiva - ou seja foi  uma  arma política criada contra os sérvios e  tem servido de instrumento da intervenção dos Estados Unidos e da NATO.

Quando neste tribunal  alguém se lembrou de investigar os EUA estes reagiram assim :

"Impediremos os juízes e procuradores do Tribunal Penal Internacional  de entrar nos EUA. Congelaremos quaisquer fundos que tenham no sistema financeiro americano, e processá-los-emos no nosso sistema criminal. Faremos o mesmo a qualquer empresa ou estado que ajude o TPI a investigar americanos."

Lembrar o caso Jugoslávia

Há duas décadas a NATO trazia do céu a liberdade... à bomba

A 29 de fevereiro de 1992, na Bósnia (parte integrante da Jugoslávia), após forte pressão dos países da NATO, realiza-se um referendo sobre a constituição de um Estado independente, apesar de se saber que um terço da população da região – os Sérvios – não apoia este modelo de Estado. Estavam criadas as condições para a ascensão de tensões étnicas que conduziriam a uma longa guerra civil.

Em meados de Abril de 1994, inicia-se a ocupação militar da Bósnia pela NATO no quadro da chamada «parceria para a paz». No ano seguinte, em Agosto, e com o pretexto de a artilharia sérvia ter morto 41 pessoas, a NATO avança com a maior ofensiva até ali desencadeada nos Balcãs. Mais de 60 aviões de guerra atacam posições sérvias na região de Sarajevo.

Em Maio de 1995, o Exército croata, de colaboração com a ONU, ocupa uma das quatro regiões da Croácia habitadas por Sérvios. Nesse mesmo mês, aviões da NATO atacam posições sérvias em Pale e abrem caminho para a limpeza étnica da Kraína. Centenas de milhares de civis sérvios têm de fugir ao massacre e abandonar as suas terras e haveres.

A 21 de Março de 1999, com o pretexto de evitar uma «catástrofe humanitária» no Kosovo, a aviação da NATO ataca a Jugoslávia. O ataque da NATO provoca milhares de vítimas, inclusive entre a população civil. Durante 78 dias, Belgrado e outras cidades da Sérvia são bombardeadas, enquanto fábricas, pontes e auto-estradas são destruídas. A infra-estrutura económica da Jugoslávia é  arruinada e o Kosovo é transformado num protectorado da NATO, apesar de a Resolução 1244 da ONU (1999) considerar aquele território como parte integrante da Sérvia.

A NATO constata estarem reunidas as condições para derrubar o presidente Milošević, que tinha vindo a resistir à agressão imperialista, e vê chegada a hora de levar ao poder as forças colaboracionistas controladas pela Alemanha e pelos EUA.

O bombardeamento e a invasão da Jugoslávia por uma coligação de estados (NATO) sem que nenhum deles tenha sido agredido pela República Federal da Jugoslávia, assim como o financiamento externo de figuras políticas constituíram graves violações do direito internacional. A Resolução 45/168 da Assembleia Geral da ONU proíbe a qualquer Estado «o financiamento de partidos ou grupos políticos e todo o tipo de actividade que possam desfigurar o processo eleitoral».

Com a liquidação da Jugoslávia (com as respectivas e sistemáticas secessões promovidas pelos EUA, a NATO e a União Europeia), a concretização do principal objectivo da agressão era agora mais fácil de atingir: impor o domínio imperialista nos Balcãs. A restauração capitalista naquela região tem vindo a provocar a miséria crescente dos povos da ex-Jugoslávia. A lei das privatizações de Maio de 2001 deu o golpe final na economia sérvia e inaugurou a sua venda ao desbarato.

O principal centro de produção metalúrgico, a fábrica SARTID em Smeredo, incluindo as intalações do porto do Danúbio, foram entregues ao grupo norte-americano US Steel por apenas 23 milhões de dólares. Os impérios do tabaco Philipe Morris e British American Tobaco apoderam-se das maiores fábricas de cigarros em Nis e Vranje. Os quatro maiores bancos sérvios (Beobanka, Jugobanka, Investbanka e Beograska Banka) foram encerrados e substituídos por bancos privados, onde predomina o banco austríaco Raiffeinsenzentralbank ligado à Alemanha.

Consumado o golpe, estava aberto o caminho para a condenação moral, política e finalmente judicial dos vencidos pelos vencedores.

Lembrar ainda : A entrega de Milosovic pelos colaboracionistas a troco de 1,3 bilhão de dolares  " A pressa das autoridades iugoslavas para extraditar Milosevic, explica-se pela resistência da Corte Constitucional Iugoslava em o entregar , e principalmente pela reunião de doadores internacionais de fundos que, liderada pelos Estados Unidos e pela União Européia, condicionou uma ajuda financeira para Iugoslávia de 1,3 bilhão de dólares, à total colaboração do governo de Belgrado com o tribunal de Haia.

Milosovic  já depois da sua morte foi  ilibado tal a enormidade deste processo , mas em silêncio , no nosso país teve nos jornais ditos de referencia direito a umas pequenas linhas ,,,

Muito popular no início de seu governo, Milosevic foi eleito presidente da Sérvia em 1990 e reeleito em 1992, para após mudanças constitucionais, tornar-se presidente da Iugoslávia em 1997. Na imprensa ocidental fiel à NATO era designado pelo ditador dos Balcâns "

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