Nota : Para todos os videirinhos tipo Jos´s Manuel Fernandes e meninos do Observador e da dita iniciativa liberal, mas também para todos os "moralistas " do radicalismo pequeno burguês .( tradução direta)
José FORT
Em 26 de julho de 1953, um pequeno grupo de revolucionários (incluindo Raúl Castro) liderados por Fidel Castro atacou o quartel Moncada em Santiago de Cuba. Foi um fracasso horrivelmente reprimido, mas também a eclosão da Revolução. Fidel, preso e julgado, fará ele mesmo sua delação, um discurso de três horas mundialmente conhecido sob o título “La Historia me absolverá” (“A História me absolverá”) (1).
Extensão LG
Na tribuna de imprensa (acabei de ser nomeado correspondente do jornal "L'Humanité" em Cuba e na América Latina), sob um sol escaldante, esperávamos a chegada de Fidel Castro.
Um importante discurso foi anunciado por ocasião do feriado nacional.
Na tribuna oficial, foram evacuados vários generais soviéticos mais habituados a outros climas, vítimas de insolação. Com o meu amigo e colega do jornal comunista italiano “Unita”, Georgio Oldrini, tínhamos sido avisados: “chapéus e garrafas de água são obrigatórios”.
Nós sobrevivemos.
Foi no dia 26 de julho que descobri a realidade da luta do povo cubano, a luta entre Davi e Golias.
26 de julho de 2023. Hoje, o povo cubano permanece de pé.
Depois de tantos anos de agressão, anos de difamação, depois de anos de resistência deste país de pouco mais de onze milhões de habitantes contra a primeira potência econômica e militar mundial, em Cuba há poucas riquezas irrigando a sociedade de consumo mas estudamos e nos tratamos de graça, vivemos em uma sociedade alegre, segura e unida. As dolorosas restrições resultantes do bloqueio ianque não poderão, nem ontem como hoje, destruir a revolução cubana.
Aqui está um país do Terceiro Mundo onde a expectativa de vida é de 78 anos, onde todas as crianças vão à escola de graça, os alunos vão à universidade. Um país pequeno em tamanho capaz de produzir acadêmicos talentosos, médicos e pesquisadores entre os melhores do mundo, atletas medalhados de ouro, artistas, criadores.
Um país que teve que enfrentar o terrorismo, um bloqueio ainda vigente e até reforçado visando estrangular sua economia. Um país que todos os dias tem que sofrer calúnias à pá.
Para difamar a revolução cubana, a propaganda ianque veiculada servilmente na Europa evoca liberdades e direitos humanos.
Em Cuba, a tortura nunca foi usada. Cortaram as mãos dos poetas em Santiago do Chile, não em Havana.
Não é em Cuba que as minorias estão sendo reprimidas, mas no Peru e no Equador.
Prisioneiros foram jogados no mar de helicópteros na Argentina, não em Cuba.
Atualmente, os opositores do governo não estão sendo assassinados nas ruas de Havana, mas nos países satélites dos Estados Unidos.
Quanto aos chamados presos "políticos", a maioria dos quais está ligada a organizações ligadas à CIA, há algumas dezenas deles em Cuba, enquanto as vítimas da justiça racista ianque muitas vezes definharam por décadas em prisões do nordeste. americanos.
Cuba, apesar das enormes dificuldades econômicas, sempre se mostrou solidária com as vítimas das ditaduras, com os democratas do continente.
Devemos agradecer a Fidel Castro e seus camaradas por terem acolhido refugiados que fugiam das ditaduras do Chile e Argentina, Haiti e Bolívia, por terem aberto escolas, centros de saúde para filhos de párias de toda a América Latina e, posteriormente, para crianças contaminadas de Chernobyl.
Devemos ser gratos a eles por terem enviado cirurgiões da Operação Milagro por toda a América Latina para devolver a visão a populações inteiras.
Estão de parabéns por terem formado gratuitamente milhares de médicos, por terem combatido a epidemia de Ébola em África e, durante a recente pandemia, por terem respondido ao apelo de mais de 30 países.
Na memória de milhões de homens e mulheres da América Latina e do Terceiro Mundo, Cuba permanecerá um exemplo dos tempos modernos.
Quanto a Fidel Castro, ele figura no panteão dos heróis do século XX, como seu amigo e camarada Nelson Mandela, que mantinha uma amizade "inabalável" com o líder cubano.
Em Cuba, as mudanças ocorridas nos últimos anos no campo econômico e político, com a transferência gradual do poder para as gerações mais jovens, continuam pacificamente.
A revolução cubana está evoluindo em seu próprio ritmo, levando em conta as mudanças na sociedade, os imperativos econômicos e o contexto internacional, não sendo o panorama mundial particularmente favorável a ela no momento. Mais uma razão para exigir o fim do criminoso bloqueio ianque, mais uma razão para reafirmar nossa solidariedade com “o primeiro território livre das Américas”.
José FORT
Nota (1) Conclusão da petição de Fidel Castro:
“Terminarei minha petição de uma forma não comum a certos magistrados, não pedindo a clemência deste tribunal. Como eu poderia fazer isso quando meus companheiros estão atualmente passando por um cativeiro ignominioso na Ilha dos Pinheiros? Peço apenas sua permissão para me juntar a eles, pois é normal que homens dignos sejam presos ou assassinados em uma República governada por um ladrão e um criminoso. Condene-me, não importa. A história me absolverá. »
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