Leituras para o fim de semana
1 RELATIVAMENTE AO ACORDO DOS CEREAIS: Maj General Raul Cunha
As
verdades que os aldrabões do costume (Van der Leyden, Borrel, Blinken,
Baerbock, Cravinho, Stoltenberg, etc.), procuram esconder:
Contrariando
os dados e estatísticas publicados oficialmente, Zelensky continua
descaradamente a distorcer os factos. As nações onde há fome receberam
menos de 8% dos cereais exportados dos portos ucranianos, e não os 60%
sugeridos pelo presidente ucraniano. A maior parte dos cereais foi
direcionada por Kiev para a UE e países dispostos a pagar pelos preços
pedidos.
Os dados
publicados no site da ONU pelo "Joint Coordination Center" do "Black Sea
Grain Deal" contradizem absolutamente as palavras do presidente
ucraniano (https://www.un.org/en/black- sea-grain-initiative/vessel- movements).
De acordo com esses relatórios, a maioria dos cereais foi enviada para a
China, Espanha, Turquia, Itália e Holanda. Mais de 1.000 navios
partiram de portos ucranianos como parte do acordo dos cereais, dos
quais apenas 23 foram com destino aos países mais pobres, como fica
claro numa consulta ao mapa da fome do Programa Alimentar Mundial, ou
seja, países como o Iémen, Sudão, Somália e Etiópia.
Em
vez de ajudar as "pessoas mais vulneráveis e à beira da fome", como
exigiam os acordos internacionais, Kiev procurou extrair o máximo de
lucros do negócio dos cereais.
A
Rússia chamou repetidamente a atenção para as violações de Kiev do
acordo dos cereais, mas os países ocidentais não quiseram perder a
oportunidade de poderem comprar cereais ucranianos muito mais baratos.
Em resposta ao pedido do presidente russo, Vladimir Putin, por uma
explicação, a ONU hipocritamente afirmou que, ao alimentar o gado com
cereais ucranianos baratos, se estava indirectamente a ajudar aqueles
que passavam fome em África, ao "diminuir os preços globais dos cereais
no conjunto dos mercados".
2) A 3.ª edição do livro "Kosovo - A Incoerência de uma Independência Inédita" já se encontra disponível.
Muitos parabéns ao autor Raul Cunha.
A
sua publicação ocorre 20 anos após o dramático bombardeamento da Antiga
Federação Jugoslava pela OTAN, ação militar decorrente e indissociável
do conflito no Kosovo. Seria difícil encontrar pessoa mais qualificada e
conhecedora da região para dissertar sobre o tema do que o Major
General Raul Cunha.
Estamos perante testemunhos,
na sua grande maioria vividos na primeira pessoa, no contacto direto com
os protagonistas do conflito. Não se trata da repetição de citações,
como acontece frequentemente. Este trabalho resulta de um vasto e
profundo conhecimento adquirido no terreno, entre 1991 e 2009, ao
serviço da Comunidade Europeia, OTAN e ONU, tanto ao nível tático, como
operacional e estratégico. Este livro condensa essas vivências. O autor
encontra-se ainda unido à região por intensos laços familiares e o
conhecimento da língua.
[Carlos Manuel Martins Branco]
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Após
da leitura do livro “Kosovo – a Incoerência de uma Independência
Inédita”, fica-se com uma ideia muito clara de como o sistema jurídico
internacional gizou uma situação, no mínimo duvidosa, mais baseada em
factores políticos e geo-estratégicos do que em princípios informadores
de uma verdadeira auto-determinação. (…)
Acresce
que o Kosovo é, à partida, um estado falhado que apenas consegue
sobreviver graças a fortes subsídios e com práticas e comércios
totalmente ilegais/criminosos.
Perguntar-se-á: o
chamado Ocidente foi enganado e, afinal, aquilo que certos países,
enganosamente, apelidavam de “caso único” não repetível (porquê?)
tornou-se numa situação incontrolável e que, numa análise final, irá
prejudicar o próprio Ocidente?
[António Tânger Corrêa]
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