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6 de agosto de 2024

A Ucrânia na UE, Portugal apoia. Quanto custa?

Uma sondagem do CE mostrava que Portugal era dos países onde o apoio era maior: 55% a favor, 20% contra, no meio de grande divisão quanto a este tema. Na Alemanha, apenas 31% eram a favor, 54% contra a entrada da Ucrânia na UE. É caso para dar os parabéns aos media pela forma como têm manipulado a informação, as pessoas não fazem ideia do que isso pode significar. Querem a Ucrânia na UE, mas também querem um melhor SNS...

A reeleição da Von der Leyen foi acriticamente apresentada como uma grande vitória da UE (e mesmo da unidade!) nas suas promessas de continuar o apoio militar à Ucrânia “enquanto for necessário” (mas ela já fala pela NATO?), continuar a “defender a democracia” (!) e “proteger o nosso planeta” (?). Delineou planos para estabelecer um comissário europeu de defesa, lançar um projeto para um escudo europeu de defesa aérea e transformar a UE numa união de defesa. Claro que nada disto é analisado e discutido perante a opinião pública.

A Ucrânia está falida. Além do que lhe é dadodesde 2022 pediu emprestado 156 mil milhões de dólares.

Kiev gasta quase o dobro do que recebe em impostos e outras receitas.O défice orçamental da Ucrânia no final de 2023 atingiu 20,5% do PIB. Em 2023, os gastos com defesa cresceram para 52,3% do OE, as despesas sociais reduziram-se de 15,8% para 11,7%. Segundo o ministro das Finanças, as despesas militares ascendem a quase 4 mil milhões de dólares por mês.

O PIB real não excede atualmente 60 mil milhões de dólares (em comparação com 175 mil milhões de dólares em 2013). Kiev distorce os dados apresentando o mesmo valor que em 2013, ao incluir no PIB toda a assistência que recebe. Os planos da CE para tornar o exército e o complexo militar-industrial da Ucrânia parte das capacidades militares da UE são absolutamente irrealistas. O complexo industrial militar da Ucrânia foi quase que totalmente destruído e a mobilização forçada e a fuga para o estrangeiro ameaçam todos os sectores económicos. Na realidade a Ucrânia produz muito pouco e não tem dinheiro para pagar o que recebe do exterior.

Mas a "boa vontade" está a chegar ao fim. Apesar dos ucranianos estarem a "defender o ocidente" e o "nosso modo de vida" (?!) isso para os credores pouco importa. Kiev deveria começar a pagar empréstimos em 1 de agosto, não fez, diz adiar dois meses, tentando emitir novos Eurobonds. Assim, a S&P reduziu a sua classificação de crédito em moeda estrangeira para o nível de incumprimento, SD (Selective Default).

Enquanto a Leyen quer apoiar a Ucrânia "enquanto for preciso", mostrando não saber o que isso significa (apesar dos aplausos da burocracia e de "comentadores"), foi estimado que a UE teria que dotar Kiev com 186 mil milhões, para preencher buracos maciços no orçamento ucraniano. Outra estimativa fala em 88 mil milhões de dólares anuais até 2028 e também transferir os ativos congelados da Rússia. Quem paga? 

As contradições do apoio à Ucrânia são expressas pelos agricultores europeus bloqueando estradas para impedir que produtos agrícolas ucranianos entrem em seu território. Vance, vice de Thump, quer dinheiro para outras guerras: “A nossa política para a Ucrânia é insustentável. A idade média de um soldado no seu exército é de 43 anos – isso é trágico". "Ninguém consegue articular o que 61 mil milhões de dólares irão realizar, precisamos de promover um fim negociado para a guerra."

Como a palermice não tem limites, comentadores exibiram-se considerando a proposta da entrada da Ucrânia na UE, uma derrota da Rússia! Algo a que a Rússia não se opõe. A Ucrânia na UE seria uma derrota sim, mas para os países que teriam de sustentar o caos da sua reconstrução e funcionamento.

A Ucrânia perdeu mais de metade da capacidade de produção de eletricidade, 73% das centrais térmicas estão destruídas ou danificadas, 20 unidades hidráulicas não estão a funcionar. O setor agrícola da Ucrânia está devastado pelos combates, engenhos não detonados e falta de trabalhadores agrícolas. A produção de cereais teve um declínio significativo. Mas mais de 17 milhões de hectares agrícolas são agora propriedade de empresas como a Cargill, DuPont e Monsanto”, os principais beneficiários das exportações de cereais ucranianos.

No Senado dos EUA foi afirmado que, desde 2014, os americanos gastaram 300 mil milhões de dólares na Ucrânia, como não foram apenas os americanos que deram dinheiro, podemos supor que o valor transferido para a Ucrânia poderia chegar a 500 mil milhões.

Com tudo isto, Zelensky anda de capital em capital a pedir mais dinheiro, sem apresentar quaisquer resultados positivos, nem militares de nenhuma outra ordem.

Fontes: Geopolítica ao vivo – Telegram e Intel Slava Z – Telegram



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