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13 de agosto de 2024

Kursk uma cidade demasiado longe

 Dizia um sr. general que a Ucrânia ocupa 1000 km2 de território russo. Não sabemos o que entende por "ocupar", mas se implica controlar, a Ucrânia não controla coisa nenhuma. Pelo contrário, a incursão foi parada está sob artilharia e recua.

As razões que levaram a este ataque são muito semelhantes às do ataque nazi no inverno de 1944 nas Ardenas quando estavam a recuar em todas as frentes. Agora, quando as FAU estão em constante recuo na sua frente leste, necessitando de gente e material, lançam um ataque condenado ao fracasso apenas para propaganda e reforçar as posições dos tresloucados belicistas nos EUA e UE/NATO.

Do ponto de vista russo mostra nova falha de perceção da falta de racionalidade do adversário, deixando fronteiras protegidas essencialmente com recrutas insuficientemente armados para resistir a blindados.

Se se queixam que no ocidente não ouvem as palavras de Putin, fariam melhor em escutarem o que os Stoltenberg e quejandos dizem: o objetivo deles é a guerra total se necessário, provocação a provocação, sem ter em conta nem vidas nem  custos que tanta falta fazem no que seria produtivo e no social. Mas para eles isso não conta, e os media escondem-no pressurosamente.

Segundo Moon of Alabama três brigadas ucranianas foram envolvidas, mais cinco a dez batalhões de outras brigadasForam em parte treinados na Grã-Bretanha e na Alemanha e usam equipamentos ocidentais. Relatos dos feridos ucranianos num hospital em Sumy sugerem que a operação não foi um passeio e que continua arriscada. (The Economist)

A operação ucraniana parece ter sido meticulosamente planeada, criando um efeito o elemento surpresa, aspeto crucial da guerra. "Enviamos nossas unidades mais capazes de combate para o ponto mais fraco de sua fronteira", disse uma fonte do Estado-Maior destacado na região.

O exército ucraniano interveio com as melhores tropas que ainda tinha. Unidades russas transferidas para a fronteira interromperam os movimentos ucranianos. Os pelotões de reconhecimento que os ucranianos enviavam para cidades próximas foram praticamente eliminados. O progresso considerável visto em alguns mapas favoráveis à Ucrânia agora parece muito menor. Cerca de 30 (28) pequenos assentamentos foram capturados, mas mesmo o centro administrativo local de Sudzha, que tinha 6 000 habitantes, não foi totalmente conquistado.

Uma nova tentativa ucraniana de cruzar a fronteira no posto de controle de Kolotilovka, na região de Belgogrado, falhou e as unidades ucranianas sofreram pesadas perdas. A Rússia, portanto, conteve amplamente o ataque ucraniano. A operação agora é um novo moedor de carne, um sumidouro de atrito operacionalmente isolado no qual os ucranianos terão que injetar mais e mais reservas que não possuem.

O Ministério da Defesa da Rússia afirma que no total, na região de Kursk, as FAU perderam até 1 610 militares, 32 tanques, 23 veículos blindados, 17 veículos de combate de infantaria, 136 veículos blindados de combate, 47 veículos, quatro sistemas de mísseis antiaéreos, um lançador múltiplo de foguetes e 13 peças de artilharia de campanha.

O lado ucraniano sabia que sua operação provavelmente seria um beco sem saída. Como escreve The Economist: "O perigo é que cairmos numa armadilha e a Rússia nos faça estremecer". Parece-me que foi exatamente isso que aconteceu. Era bastante previsível. A operação é, no entanto, um sucesso momentâneo (de propaganda) no sentido de que eleva o moral do lado ucraniano. Mas isto chegou ao fim. As unidades em questão, serão reduzidas ainda mais. Não haverá ninguém para substituí-los. No Donbass, o exército russo continua sua ofensiva contra unidades ucranianas enfraquecidas e em retirada. Neogorod, Chasiv Yar e Toretsk serão tomadas em breve.

O objetivo da operação Kursk era ajudar a prolongar a guerra, com a Rússia acabando por ceder e a Ucrânia se tornando a vencedora. A Duma russa anunciou que não haverá nova mobilização. Os que esperavam conseguir nova mobilização e a agitação que se seguiria, falharam. Na Rússia haverá apenas um aumento do nacionalismo.

A turbulência que causou em Kiev e em outros lugares logo dará lugar a uma depressão profunda. Tal como na Alemanha no inverno de 1944!



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