Nicolás Maduro, recém-eleito presidente da República, denunciou um «plano de desestabilização massivo contra a Venezuela», organizado pelos EUA, a extrema-direita internacional e o narcotráfico colombiano.1
2 https://www.abrilabril.pt/internacional/presidente-maduro-denuncia-enorme-plano-de-desestabilizacao-contra-venezuela«Estamos perante uma investida do imperialismo norte-americano, de Elon Musk, da direita extremista internacional e do narcotráfico colombiano», afirmou Nicolás Maduro, esta terça-feira, no Palácio de Miraflores, em Caracas.
No decorrer de uma reunião conjunta do Conselho de Estado e do Conselho de Defesa da Nação, o chefe de Estado disse que tudo isto é para assumir o controlo do país através da criminalidade, do caos, da violência, da manipulação e da mentira.
Maduro salientou que, hoje, todas as redes sociais conspiram contra a Venezuela e a oligarquia extrema não suporta que o país esteja em plena recuperação.
Comentou que os organizadores investiram milhões de dólares e drogas para financiar as operações de desestabilização, para as quais utilizaram grupos de emigrantes que regressaram em aviões provenientes dos Estados Unidos.
Neste sentido, disse que utilizaram muito dinheiro para criar os chamados comandos da vingança, o que revela «a face decrépita do fascismo desta gente que pretende governar o país a partir da violência, da criminalidade, da perseguição e da morte», indica a Prensa Latina.
O chefe de Estado disse ainda que estes gangues criminosos começaram a ser criados e montados há ano e meio, e que os Estados Unidos sabiam disso.
«Apelo à comunidade internacional e ao povo venezuelano para que cerrem fileiras nesta batalha que travamos na Venezuela pela verdade, pela paz e contra o fascismo», sublinhou.
«Desmantelar um golpe de Estado fascista da extrema-direita mais violenta»
Declarou ainda que na segunda-feira se conseguiu controlar uma boa parte dos ataques, e que «hoje, terça-feira, as cidades começam a dar os primeiros passos de recuperação».
Responsabilizando directamente o ex-candidato à presidência Edmundo González e a sua companheira María Corina Machado pelo que está a acontecer na Venezuela, nomeadamente a destruição de bens e os ataques a pessoas, reafirmou que terá de haver justiça no país sul-americano, «porque estas coisas não se podem passar com o povo», e garantiu que «desta vez não haverá impunidade».
A este propósito, Nicolás Maduro disse que «estamos a desmantelar um golpe de Estado fascista da extrema-direita mais violenta» e que «passámos ao combate pela vida, a paz e o direito que o nosso povo tem à tranquilidade, ao trabalho e à produção», refere a TeleSur.
«A batalha de 28 de Julho é a batalha definitiva contra o fascismo, contra o ódio, contra a intolerância e contra os que querem impor uma guerra civil, um golpe de Estado, a divisão e o confronto entre venezuelanos», frisou.
Num dia em que a Assembleia Nacional (Parlamento) aprovou um projecto de apoio aos resultados eleitorais e ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e em que as Forças Armadas reafirmaram a lealdade absoluta e o apoio incondicional a Nicolás Maduro, o chefe de Estado anunciou diversas medidas.
Entre outras, referiu-se à criação de um fundo de apoio às vítimas da violência dos «comandos fascistas, criados pela direita»; a medidas de segurança e defesa frente aos planos da violência extremista da direita; à criação de uma comissão especial, com assessoria da Rússia e da China, para avaliar os ataques ao sistema de comunicação do CNE.
Não são protestos, mas actos de terrorismo
Também esta terça-feira, o procurador-geral da República, Tarek William Saab, fez um balanço das acções de violência ocorridas no dia anterior, após as eleições presidenciais que Nicolás Maduro venceu.
Até ao momento em que deu a conferência de imprensa, havia registo de 749 pessoas detidas por instigação ao ódio, resistência às autoridades e terrorismo, disse Saab, que deu conta de vários ataques a instituições públicas, infra-estruturas, monumentos, bem como da existência de 48 feridos entre membros das forças de segurança e militares.
O representante do Ministério Público esclareceu que na Venezuela não está a haver protestos anti-governamentais, mas focos de violência com fins de desestabilização, procurando «criar um caos» e gerar o clima para uma «intervenção estrangeira».
Disse ainda que, à medida que forem avançando as investigações, serão divulgados os nomes dos responsáveis pelas «acções criminosas», em que foram utilizados menores de idade e pessoas sob o efeito de drogas.
1 comentário:
O império do parasitismo&pilhagem (vulgo ocidentalismo mainstream) vai ser derrotado com paciência de chinês:
- o dinheiro falso do império do parasitismo&pilhagem - vulgo dólar - vai deixar de ser aceite...
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